Filme do dia (233/2020) - "1408", de Mikael Hafstrom, 2007 - Mike (John Cusack) é um escritor de guias de locais assombrados, muito embora descrente de qualquer coisa de outro mundo. Em uma de suas incursões atrás de lugares para escrever, ele se depara com o quarto 1408, do Hotel Dolphin, em Nova York. O gerente do hotel (Samuel L. Jackson) fará de tudo para demovê-lo da ideia de passar uma noite no mencionado quarto. Mas não será fácil convencê-lo.
Baseado no conto homônimo de Stephen King, o filme cria uma atmosfera de caos e pesadelo difícil do espectador se desvencilhar. Pior é que esse clima de tensão é crescente, piora a cada minuto. Eu, particularmente, fiquei com uma sensação de afogamento, o ar me faltou em algumas cenas. E para piorar, temos um final mindfuck, daqueles de "endoidecer gente sã". A narrativa é bastante bem construída e flui bem, sem trancos. Gostei como os dramas passados do protagonista chega até o espectador. O ritmo começa devagar, mas torna-se mais e mais ágil e intenso, até o desfecho "creepy". Ótimas fotografia e direção de arte - temos enquadramentos bem sofisticados e surpreendentes e o quarto tão absolutamente convencional se torna, do meio para o final, em um ambiente de horror. O filme conta com ótimos efeitos especiais dos mais variados tipos. Gosto muito do John Cusack, por isso sou meio suspeita para falar dele, mas acho que ele se saiu bastante bem no papel de Mike (não me lembro dele ter participado de outro filme de terror, então dou ainda mais crédito a ele por ter saído de sua zona de conforto de comedinhas românticas e dramas leves). Samuel L. Jackson participa, praticamente, de uma única cena, mas, como sempre, esbanja talento, ele é um ator que eu reverencio. Depois desse filme nunca mais vou querer ouvir The Carpenters... O filme é um terror bacana, pouco lembrado, não sei bem por quê motivo. Acho que vale a pena, principalmente para amantes do gênero.
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