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"A Chuva do Diabo", de Robert Fuest, 1975

hikafigueiredo

Filme do dia (159/2020) -"A Chuva do Diabo", de Robert Fuest, 1975 - Arizona. Numa noite de tempestade, a Sra. Preston (Ida Lupino) mostra-se ansiosa pela ausência do marido e do filho Mark (Willian Shatner). Sonhos estranhos prenunciam a chegada de Jonathan Corbis (Ernest Bornine). Ele busca um livro maldito subtraído dele há centenas de anos. A Sra. Preston tem razão por estar ansiosa.





Mais um filme com temática demoníaca, este tem um roteiro meio intrincado, pois tem início acompanhando os personagens Sra. Preston e Mark e, posteriormente, passa a focar em outro membro da família, Tom. Também segue uma ideia comum a alguns filmes de terror: o retorno de um mal antecedente, um mal originário do passado que busca algo, alguém ou vingança no futuro. Justamente por essa característica, a narrativa segue linear até um momento em que surge a necessidade de explicar o que é o livro maldito desaparecido e qual a sua origem, causando um flashback meio deslocado na história. Apesar de certos detalhes esquisitos na trama, com uma mitologia própria acerca do demônio (ou que, pelo menos, eu jamais vira antes), a obra cria aquele climão gostoso de filme de terror, aquele medo controlado de acordar no meio da noite e andar no escuro pela casa, sabe? Por outro lado, eu dispensaria a maquiagem de demônio de Ernst Borgnine - muito tosquinha aquela cabeça de Baphomet. Outros efeitos especiais mostraram-se melhorzinhos, mantendo em vista a época em que o filme foi feito - para mim, aqueles olhos vazados foram bem assustadores. Ernest Borgnine convence como ser das trevas, ele tem um olhar bem alucinado e sabe ser malignamente debochado. Willian Shatner como Mark não se afastou nada da natureza de seu eterno personagem Capitão Kirk, então ele tirou de letra, mantendo sua canastrice habitual (mas, canastrão ou não, eu sempre o adorei). Tom Skerritt interpreta o personagem Tom Preston, que assume o protagonismo depois de uns bem 40 minutos de filme, quase tão canastrão quanto Shatner; Eddie Albert assume o papel do Dr. Richards, melhorzinho no papel; e a icônica Ida Lupino interpreta a Sra. Preston em seus poucos minutos de tela. Identifico o filme como o mais fraco do box até então, mas, infinitamente melhor que outros filmes fracos dos boxes antecessores da coleção, e bem "assistível". Não é obra prima mas dá bem para o gasto.

 
 
 

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