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  • hikafigueiredo

"A Jovem Rainha", de Mika Kaurismäki, 2015

Filme do dia (76/2018) - "A Jovem Rainha", de Mika Kaurismäki, 2015 - Suécia, século XVII. Após a morte do rei, sua filha, a princesa Cristina (Malin Buska), é criada, pelo chanceler Axel Oxenstierna (Michael Nyqvist), como um rapaz, para ser a próxima monarca. Aos 18 anos, Cristina é coroada rainha, ocasião em que começa a subverter a ordem estabelecida, iniciando pelo seu relacionamento amoroso com a jovem condessa Elba Sparre (Sarah Gadon), sua dama de companhia.





O filme trata-se de uma breve biografia da Rainha Cristina, concentrando-se nos dez anos que ela esteve à frente do trono da Suécia. Apesar de tentar abarcar vários ângulos da trajetória de Cristina como monarca, é fato que o filme acaba privilegiando seu relacionamento amoroso com sua dama de companhia, o que me desagradou um pouco (sabe aquela coisa de relacionar as mulheres com seus afetos? Isso nunca acontece com as figuras masculinas, só com as figuras femininas e, para mim, isso é puro sexismo), salientando que sua homossexualidade evidente foi apenas um pequeno detalhe dentre suas muitas posturas e atitudes controversas que incluíram a opção pela paz num tempo de guerras religiosas, sua conversão ao catolicismo e sua renúncia ao trono (viu como dava para retratar a personagem sob ângulos diferentes do amoroso e, ainda assim, tratar de assuntos interessantes e igualmente polêmicos???? ). De qualquer forma, como eu não sabia nada da história da personagem, acabei achando a obra interessante e me despertou a vontade de ver o filme "Rainha Cristina" com a Greta Garbo (cujo DVD eu tenho há anos e nunca me dignei a assistir). Formalmente, a obra é bem tradicional, sem qualquer inovação que mereça alguma menção. O filme conta com uma fotografia até que bonita, limpa, mas achei a direção de arte um pouco pobre para os estilo da obra (filme de época, realeza, etc). Quanto às interpretações, se a jovem Malin Buska não é brilhante, também não estraga o filme. Sarah Gadon, pelo contrário, é a imagem da insipidez - bonita e insossa, falta quase tudo em sua atuação. Melhor a presença de Michael Nyqvist, ator que adoro desde que vi a trilogia sueca de "Os Homens que Não Amavam as Mulheres". A obra é mediana, mas dá para ver sem grandes sofrimentos.

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