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  • hikafigueiredo

"A Maldição da Caveira", de Freddie Francis, 1965

Filme do dia (239/2018) - "A Maldição da Caveira", de Freddie Francis, 1965 - O estudioso do sobrenatural Dr. Maitland (Peter Cushing) coleciona peças ligadas ao tema. Um dia, seu fornecedor Sr. Marco (Patrick Wymark), surge com uma intrigante peça, alegando ser a caveira do Marquês de Sade. Inicialmente descrente da autenticidade do objeto, Maitland vê-se, subitamente, obcecado pela caveira e passa a desejá-la, estando disposto a qualquer coisa para tê-la em sua coleção.





Obra do estúdio Amicus - rival do prestigiado estúdio inglês Hammer, especializado em histórias de terror - o filme traz dois monstros sagrados do gênero - além do maravilhoso Peter Cushing, o sempre fantástico, eterno Drácula, Christopher Lee. A obra mais que flerta com os filmes B da década de 40 e 50 - abraça a proposta de baixo orçamento aliado à criatividade e desdenha do preciosismo formal e da verossimilhança, apostando suas fichas num roteiro voltado para o mais puro entretenimento e na participação de atores queridos pelo público do terror. O resultado é um filme divertido, que brinca com o fantástico, criando um gostoso clima de suspense e terror sem apelar para os sustos repentinos ou para os banhos de sangue, mas que também não se aprofunda muito no terror psicológico. Por incrível que pareça, é um filme de terror leve, como tantos que foram feitos nas décadas de 50 e 60, que chegam a ser até mesmo ingênuos, bobinhos, e que eu, particularmente, amo, pois me remetem diretamente à infância, quando passava minhas sextas-feiras à noite na casa dos meus tios, muitas vezes assistindo, com meus primos, a estes filmes de terror no quarto dos meus tios, as luzes apagadas e aquela sensação de medinho "pero no mucho". Espere por efeitos especiais tosquíssimos como a caveira voando pelo ar, os fios que a sustentam praticamente sendo esfregados na cara do espectador, mas e daí??? rs Destaque óbvio para a dupla de atores central, em especial Peter Cushing, que demonstra, paulatinamente, seu descolamento da realidade e sua gradual obsessão pela caveira - shoooooooow!!!!! Ah, o filme é uma bobagem sem fim, mas justamente por isso é uma delicinha. Para fãs do gênero.

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