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  • hikafigueiredo

"A Noite dos Mortos-Vivos", de George Romero, 1968

Filme do dia (162/2018) - "A Noite dos Mortos-Vivos", de George Romero, 1968 - Em uma região rural da Pensilvânia, um grupo de pessoas, dentre elas Barbara (Judith O'Dea) e Ben (Duane Jones), refugia-se em uma casa abandonada, após descobrirem que a região está infestada de zumbis comedores de carne humana.





O clássico de George Romero não apenas foi o precursor dos filmes de "apocalipse zumbi", mas, ainda foi responsável pelo surgimento dessa ideia no imaginário popular. Com um orçamento limitadíssimo, mas com um roteiro original e muita ousadia - tanto de ideias quanto estética - o filme foi um marco no cinema fantástico. Claro que para os nossos padrões atuais e após 45638254368 filmes de apocalipse zumbi, a obra parece "light", até ingênua, mas, para a época, foi considerada excessivamente violenta, pessimista, crítica e subversiva, lembrando que os Estados Unidos encontrava-se no auge da Guerra do Vietnã e em plena neurose da Guerra Fria - e o filme faz uma crítica velada a toda essa realidade e à política do medo disseminada pelo país. A obra ainda resvala nas questões raciais - na época, os negros encontravam-se em plena luta por seus direitos civis, e o principal protagonista da história é um personagem negro, o mais sensato e razoável dos personagens. Esteticamente, o filme ousou em mostrar mortes violentas e os mortos-vivos alimentando-se do que seria carne humana e, naquele momento, isso era para lá de perturbador (aaaah, sabe nada, inocente! rs). Não espere altos efeitos especiais, tão comuns nos filmes de zumbi de hoje - não, a obra foca muito mais no terror psicológico e na construção de uma atmosfera de pânico e claustrofobia e, admito, faz isso muitíssimo bem. Adorei o fato da fotografia ser P&B - como já disse antes, acho os filmes de terror em P&B muito mais assustadores (acho que isso tem a ver com as minhas lembranças de infância, onde todos os filmes de terror eram P&B). Com relação às interpretações, destaque para os dois já mencionados - Judith O´Dea me incomodou no início com sua interpretação meio forçada, mas, a partir do momento em que ela "surta", achei perfeita sua cara de maluca; já Duane Jones me conquistou em dois minutos como o prático e objetivo Ben, um dos poucos personagens de filmes de terror que não fez, em momento algum, alguma merda colossal. Gente.... filmaço, clássico dos clássicos, tremenda atmosfera de terror, adorei. Obrigatório para qualquer um que curta um "The Walking Dead" da vida!!!

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