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hikafigueiredo

"A Pele de Vênus", de Roman Polanski, 2013

Filme do dia (117/2017) - "A Pele de Vênus", de Roman Polanski, 2013 - Thomas (Mathieu Amalric) é um diretor de teatro em audição em busca de uma atriz para sua nova peça - "A Pele de Vênus", uma adaptação para teatro da obra de mesmo nome de Leopold von Sacher-Masoch. Após o término das audições, aporta ao local Vanda (Emmanuelle Seigner), uma atriz que, aparentemente, nada entende da obra. No entanto, ao dar início à encenação da personagem, Vanda revela ser perfeita para o papel - dando início a um jogo de sedução e poder.





Aaaaaah!!!! Adorei o filme!!!! O jogo estabelecido entre Thomas e Vanda- que alternam, o tempo todo, entre os personagens da peça e si próprios - é inteligente, instigante e sedutor. Vanda, pouco a pouco, envolve Thomas, que passa a se submeter à atriz ante o medo de perder a intérprete ideal para sua peça. Tudo é um jogo, muito bem orquestrado pelo roteiro e pela direção segura de Polanski. A ação inteira acontece em um único cenário, em tempo real e tendo como únicos personagens Vanda e Thomas - mas a obra é tãããão legal que em momento algum torna-se monótona ou limitada. Pela própria natureza do filme, ele se apoia, acima de tudo, nas interpretações excepcionais de Mathieu Amalric e Emmanuelle Seigner - Mathieu (que, curiosamente ou, talvez, propositalmente, lembra fisicamente o diretor Polanski) consegue dar vida ao autoritário - em um primeiro momento - Thomas, mas que, com o passar do tempo, mostra-se submisso e dominado por Vanda; Emmanuelle, por seu turno, consegue, mais uma vez, extrair o máximo de sedução e apelo sexual de sua personagem (o que já havia conseguido no maravilhoso "Lua de Fel"), fazendo uma Vanda dominadora e envolvente. Alguns poréns - apesar de Emmanuelle estar ótima no papel, acho que ela parece (e realmente é) muito mais velha que a personagem, que deveria ter perto de 35 anos (Emmanuelle tem 50).Também não curti a última cena, que achei por demais jocosa, apesar de gostar da ideia nela contida (em suma, gostei da essência mas não da realização). Achei o filme bárbaro e fiquei absolutamente seduzida pelo jogo entre os personagens. Curti, curti, curti.

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