Filme do dia (118/2017) - "A Princesa de Nebraska", de Wayne Wang, 2007 - Sasha (Li Ling) é uma jovem nascida em Pequim que se muda para os EUA para estudar em Nebraska. Antes de sair da China, Sasha conhece Yang, tem um caso com ele e engravida. Já nos EUA, a jovem viaja para São Francisco na intenção de realizar um aborto.
Do mesmo diretor do bom "O Clube da Felicidade e da Sorte", este filme não poderia ser mais diverso daquele. Enquanto "O Clube..." é uma obra sensível, com um roteiro bem estruturado que mescla diferentes tempos de várias personagens, "A Princesa..." foca unicamente na pessoa de Sasha e esbanja pretensão e arrogância. O filme anterior demonstra que o diretor tem o domínio do cinema mais tradicional, aquela coisa quadradinha, mas que funciona - em suma, ele sabe contar uma história. Neste aqui, Wang quis inovar e passar para uma obra mais experimental, sensorial e interpretativa - e, na minha opinião, se deu muito mal. O filme, evidentemente, tem intenção de envolver o espectador em emoções profundas, nas angústias e medos da personagem principal, na sua solidão - e, para mim, falhou miseravelmente no propósito. A obra conseguiu não passar qualquer emoção, além de não contar nem ao menos uma boa história. A personagem anda errática pelas ruas de São Francisco, encontrando outros personagens tão ou mais superficiais que ela, que não tem qualquer apelo, é completamente insossa. Não bastasse os problemas da concepção do filme e da composição dos personagens, ainda temos um festival de clichês na realização, culminando com uma suposta construção de intimidade de Sasha com uma prostituta, as quais brincam entre si e riem, tudo filmado numa câmera lenta cafona e apelativa. Sim, eu DETESTEI o filme e pouca ou nada coisa da obra se salva - talvez a beleza da atriz, que parece uma bonequinha chinesa de tão linda. Mais alguma coisa? Hmmmm. Não, sinceramente, não, achei tudo um retumbante equívoco. Não consigo recomendar nem para inimigo, quiçá para os amigos...
Comments