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hikafigueiredo

A "Sétima Vítima", de Mark Robson, 1943

Filme do dia (153/2018) - "A Sétima Vítima", de Mark Robson, 1943 - A jovem Mary Gibson (Kim Hunter), após saber do desaparecimento de sua irmã Jaqueline (Jean Brooks), abandona o internato onde vivia e se dirige para Nova York para procurá-la. Como em um quebra-cabeça, Mary precisará juntar peças e personagens para encontrar a irmã - e o que descobrirá será assustador.





O filme usa e abusa do suspense, enquanto apenas sugere elementos que poderiam encaixá-lo no gênero do terror. Com um roteiro um pouco perdido, que não se desenvolve com regularidade, mas que também não chega a ser ruim, o forte do filme encontra-se na criação de uma atmosfera de tensão crescente e numa estética impecável. A construção dos personagens também é frágil, mas tenho de concordar que a figura enigmática, de feições apavoradas e grande beleza, de Jaqueline é bastante forte e instigante e fortalece a obra. O ritmo do filme começa moroso, mas os minutos finais dão uma bela compensada, numa nervosa cena de perseguição por entre luzes e sombras, melhor momento do filme. O único elemento da obra que faz com que possa ser encaixado no gênero terror é meramente mencionado e, na minha opinião, serve mais como detalhe pitoresco, como uma idiossincrasia, do que como componente aterrorizante. Aliás, o suspense funcionou bem, mas o pretenso terror não me pegou um segundo sequer (não me deu medinho algum). Uma historinha de amor que rola ali no meio, para mim, era super dispensável. A fotografia P&B ultra contrastada, responsável em grande parte pela tensão criada ao longo da narrativa, é destaque técnico certo. Das interpretações, Kim Hunter faz um trabalho bem feito, mas nada assim de outro mundo. Muito mais interessante é a interpretação da belíssima e exótica Jean Brooks como Jaqueline - seus olhos são muito expressivos e revelam um pânico e, ao mesmo tempo, um desalento, perturbadores. Olha... não é um filme ruim, mas eu o achei mal aproveitado, ele tinha potencial para muito mais... mas o fim do filme dá uma equilibrada e, como é uma obra curta - meros 70 minutos - dá para assistir sem perder o interesse. Recomendado para quem curte suspense, não terror.

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