Filme do dia (70/2017) - "A Vida no Paraíso", de Kay Pollak, 2004. Daniel (Michael Nyqvist) é um renomado maestro que opta por se afastar dos palcos após um colapso. Volta, então, à aldeia na Suécia onde passou sua infância, lugar onde sofreu toda sorte de violência nas mãos de outras crianças. Apesar de almejar a solidão, rapidamente é descoberto pela comunidade e acaba sendo conduzido ao coro local. Ali ele reencontrará o amor pela música e pelos próximos.
Belíssimo drama, que discorre, dentre outras coisas, sobre o medo, a coragem, a hipocrisia e a busca por seus sonhos e ideais. Não apenas Daniel, mas vários outros personagens terão de confrontar a hipocrisia alheia e os próprios medos e angústias, quebrando armaduras e enfrentando suas verdades internas. É uma obra muito bonita - e muito triste, já vou avisando. O roteiro é muito bem desenvolvido, apresentando os assuntos e aprofundando-os com calma, em ritmo constante. O elenco é encabeçado pelo ótimo Michael Nyqvist (que depois interpretou o personagem Michael Blomkvist em "Os Homens que não Amavam as Mulheres", versão sueca) e conta, ainda, com as excelentes interpretações de Niklas Falk, Helen Sjöholm, Frida Hallgren e Ingela Olsson, respectivamente, Stig, Gabriella, Lena e Inger na história. A obra concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2005. Eu gostei demais, vale a visita.
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