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  • hikafigueiredo

"A Vilã", de Jung Byung-Gil, 2017

Filme do dia (16/2019) - "A Vilã", de Jung Byung-Gil, 2017 - Após o assassinato de seu pai, a pequena Sook-Hee é treinada para se tornar uma assassina fria e implacável. Já adulta, Sook-Hee (Kim Ok-bin) cai nas mãos de um grupo especializado em assassinatos por encomenda, oportunidade em que a jovem será confrontada com seu passado.





Pffffffff. Eu já não sou muito fã de filmes de ação, mas quando eles se limitam a ser meramente isso - um filme de ação por si só -, a tendência a não curtir cresce exponencialmente. Esta obra cai nesse caso. Com um roteiro pretensioso, cheio de reviravoltas, mas, acima de tudo, confuso que só, o filme aposta em cenas de ação frenéticas e ousadas para criar impacto no espectador - mas esquece que não há forma que resista à falta de conteúdo. Para variar no cinema sul-coreano (ironia), o argumento apoia-se em uma vingança. Até aí, tudo bem. A questão é que são apresentados dois grupos rivais, os quais se inter-relacionam e, ao longo da narrativa, é praticamente impossível entender que personagem faz parte de qual grupo e, principalmente, quais são suas motivações - okay, todos são assassinos profissionais, mas, e aí, o que os tornam oponentes???? Segue-se um sem fim de idas e vindas, um punhado de revelações surpreendentes e a sensação de que o roteirista queria causar, mas ficou correndo atrás do próprio rabo e se perdeu completamente no processo. Não bastasse a falta de conteúdo, a estética do filme também não me agradou - cheia de "câmeras na primeira pessoa", a obra tem uma estética que lembra demais um videogame (a câmera vai passando por corredores, sob o ponto de vista da personagem, ocasião em que vão surgindo oponentes, eliminados um a um graças aos golpes de faca ou à mira certeira da matadora - exatamente como qualquer trecho de Assassin's Creed ou Resident Evil). Mesmo a cena inicial - um plano-sequência presunçoso, nos moldes já mencionados -, só conseguiu me causar preguiça. Se eu salvo alguma coisa na obra, fica por conta da fotografia caprichada e das interpretações convincentes de Sung Joon como Hyun-soo, e Kim Ok-bin, esta última conseguindo trazer certa humanidade à personagem principal. Filme bem meia-boca. Dispensável.

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