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  • hikafigueiredo

“#Alive”, de Il Hyung-cho, 2020

Filme do dia (132/2023) – “#Alive”, de Il Hyung-cho, 2020 – O jovem Oh Joon-woo (Yoo Ah-in) acorda certo dia para logo descobrir que sua cidade foi tomada por um vírus que transforma os infectados em criaturas violentas e canibais. Preso em seu apartamento, Joon-woo lutará para permanecer vivo.





Seguindo a mesma linha do ótimo “Invasão Zumbi” (2016), “#Alive” retoma a temática do vírus que transforma as pessoas em criaturas atormentadas e mortais, mas, enquanto o primeiro abraça um sentimentalismo bem explícito (misericórdia, eu chorei num filme de zumbi!), o último aposta em uma história um pouco mais intimista, ainda que não menos tocante. Aqui nos deparamos com Joon-woo, um jovem gamer que fica preso em casa durante a rápida epidemia que toma a cidade. Com o pouco que tem no apartamento, o rapaz precisa manter-se vivo, como implorou seu pai no último contato que teve com o filho. Não temos, aqui, a crítica social que marcou os excelentes filmes de George A. Romero sobre o mesmo tema, mas a obra chega a traçar um breve diálogo com o marcante “A Noite Devorou o Mundo” (2018), um filme bastante filosófico sobre a solidão. Curiosamente, “#Alive” foi lançado logo no início da pandemia de covid, prevendo, em parte, o sentimento de abandono e solidão que nos meses subsequentes iria assolar os habitantes do planeta em isolamento social. Diferentemente das primeiras histórias sobre zumbis (bem... a caráter, aqui não se tratam de zumbis propriamente ditos, já que não são mortos-vivos, mas pessoas infectadas; no entanto, a lógica é semelhante e, no final das contas, vai dar no mesmo), as criaturas não se arrastam claudicantes atrás de suas vítimas – ah, não, elas são bem objetivas e correm mais que Usain Bolt quando percebem qualquer movimentação que poderia lhes garantir a próxima refeição, o que torna a narrativa exponencialmente mais tensa. A narrativa é linear, em ritmo que alterna momentos bem parados com outros extremamente ágeis e tensos. A atmosfera é de desespero e angústia – o protagonista vai vivenciar diferentes ciclos de emoções que vão do assombro inicial à depressão advinda do isolamento de dias. Claro que também temos cenas de “luta pela sobrevivência” que não ficam a dever nada para videogames sobre o tema. Cabe ressaltar, ainda, o sempre ótimo trabalho de maquiagem que este tipo de obra garante. No elenco, Yoo Na-In como o protagonista Joon-woo, muito bem no personagem; Park Shin-hye interpreta Kim Yoo-bin, num trabalho consistente; e Jeon Bae-soo como o morador do oitavo andar. É... é um filme razoável sobre zumbi, mas que puxa bem mais para o entretenimento puro e simples do que para questões mais filosóficas ou de cunho ideológico. Dá para se divertir assistindo. Recomendo para quem curte o tema.

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