Filme do dia (49/2018) - "As Melhores Coisas do Mundo", de Laís Bodansky, 2010 - O menino Mano (Francisco Miguez), de quinze anos, está às voltas com os problemas da adolescência. De questões familiares ao desprezo da garota que gosta, passando por toda sorte de desventuras, Mano começa a descobrir as dores e delícias de abandonar a infância e entrar na juventude.
É com extrema dor no coração que afirmo que este filme simplesmente não dá. Clichê, previsível à enésima potência, raso e sem alma, é o melhor que eu posso dizer da obra. Inicialmente, a grande parte dos problemas vividos pelo personagem, por serem tratados superficialmente, acabam soando como questões fúteis de adolescentes classe média tratados a leite de pera. O tema do bullying, por exemplo, que poderia ser aprofundado focando no sofrimento real e recorrente de um ou dois jovens, é apenas pincelado e não chega nem perto de mostrar a dor verdadeira de quem sofre esse tipo de violência. E tudo segue essa lógica rasa - os próprios adolescentes são retratados sem nuances, parecem todos (com exceção de um ou dois) uns verdadeiros idiotas, sem quaisquer questões realmente importantes. O que mais me deu raiva foi que temas essenciais como homofobia e o já mencionado bullying foram completamente desperdiçados. Não bastasse o festival de bobagens, ainda temos o desfecho tão clichê que poderia mencionar pelo menos umas quatro comedinhas norte-americanas dos anos 80 com o mesmíssimo final (noooooossa, que original). Para piorar, atuações fracas de quase todo o elenco (cara... tem o Fiuk... o Fiuk!!!! Quem falou para esse camarada que ele sabe atuar????), com exceção ao Caio Blat que mantém a qualidade da interpretação (nem a Denise Fraga, que é ótima atriz, convenceu como mãe do personagem principal). Sério, foi um sofrimento terminar de ver o filme, eu simplesmente o detestei. Não dá para recomendar... PS: que fique claro que eu acho a Laís Bodansky uma excelente diretora, não sei que vacilo foi esse...
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