Filme do dia (15/2019) - "Até a Eternidade", de Guillaume Canet, 2010 - Após um dos integrantes sofrer um gravíssimo acidente, um grupo de amigos viaja para a casa de praia de um deles, oportunidade em que terão que enfrentar diversos conflitos e fantasmas do passado e do presente, podendo, inclusive, abalar as amizades de muitos anos.
O sensível filme discorre sobre relações humanas, amizades, afetos, responsabilidade, compromisso, lealdade, mentiras e solução de conflitos. A discussão reside no que é amizade e o que vem em seu bojo - se existe afeto e companheirismo, também traz consigo uma série de responsabilidades e compromissos e nem tudo será prazeroso de se viver. A verdadeira amizade também abarca conflitos, brigas, desentendimentos, cobranças, memórias ruins e toda a sorte de problematizações - não é possível aproveitar apenas a parte boa. O filme é gostosinho, alterna momentos dramáticos com outros de leveza, equilibrando bem os opostos. Acredito que poderia ter menos cenas de "amizade contemplativa", aquelas cenas que só existem para mostrar como o grupo é unido (bastariam duas cenas desse tipo, mas, há muitas mais, o que me deu a impressão de chover no molhado). Uma virtude da obra foi a reunião de um ótimo elenco, todos muito bem em seus personagens. Destaco a eterna musa Marion Cotillard como Marie, François Cluzet como Max, Benoit Magimel como Vincent e Valérie Bonneton como Veronique. Infelizmente a participação de Jean Dujardin é pequena - eu adoro o ator! É uma obra bonita, sincera, sobre os laços de afeto. Podem ver sem medo.
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