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  • hikafigueiredo

"Bom Dia Babilônia", de Paolo e Vittorio Taviani, 1987

Filme do dia (220/2020) - "Bom Dia Babilônia", de Paolo e Vittorio Taviani, 1987 - Itália, década de 1910. A família Bonnano é formada por talentosos artesãos, dentre os quais se destacam os irmãos Nicola (Vincent Spano) e Andrea (Joaquim de Almeida). Quando a empresa do pai do jovens é fechada por dívidas, os dois irmãos resolvem partir para os EUA para tentar fazer fortuna.





Depois de assistir a homenagem de Truffaut ao cinema, na forma do filme "Noite Americana" (1973), e de Abbas Kiarostami, na forma da obra "Através das Oliveiras" (1994), é a vez de ver a declaração de amor ao cinema dos irmãos Taviani, através do filme "Bom Dia Babilônia". Okay, nesta obra, diferente das outras mencionadas, o filme da história não se confunde com aquele que estamos assistindo, mas, ainda assim, não deixa de ser uma grande homenagem ao cinema quando o pano de fundo é a nascente Hollywood e a filmagem da megaprodução de D. W. Griffith, "Intolerância" (1916). A narrativa gira em torno dos irmãos Nicola e Andrea, extremamente unidos. Seu pai exige que os filhos sejam assim, muito próximos, idênticos em tudo, alegando que, no dia que eles se tornassem diferentes, eles se destruiriam. E com isto em vista, os dois irmãos partem para a América, sempre fazendo tudo juntos. Nos EUA, os irmãos acabam em Hollywood e, com seu talento de artesãos, são acolhidos pelo diretor D. W. Griffith. A narrativa segue com segurança e vai agradar quase qualquer público. O tempo é linear, o ritmo é bem marcado, mas não excessivo. À fotografia falta saturação e contraste, ela me pareceu lavada, não me agradou muito. A direção de arte de época é belíssima, e ainda mais bela são as cenas onde o cenário de "Intolerância" aparece. A trilha sonora é bem típica de filmes italianos - nem sei explicar, só ouvindo mesmo. Os atores centrais - Vincent Spano e Joaquim de Almeida estão ótimos, têm um ótimo entrosamento. Ainda temos, no elenco, Greta Scacchi como Edna e Desirée Nosbusch como Mabel, Charles Dance como Griffith e Omero Antonutti como o patriarca. Filme bem realizado, com bom roteiro, um desfecho meio esquisito, mas que eu gostei. Recomendo.

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