Filme do dia (263/2018) - "Cadáver", de Diederik Van Rooijen, 2018 - A ex-policial e adicta Megan (Shay Mitchell), após meses de depressão, consegue um novo emprego no necrotério de um grande hospital. O trabalho se tornará assustador quando chegar, ao local, o corpo destruído de uma jovem e desconhecida mulher e estranhos acontecimentos começarem a ocorrer.
Não é muito fácil escolher um filme de terror para assistir. Há uma infinidade de produções recentes, a maioria de péssima qualidade e recheada de clichês. Arrisquei este aqui e, para minha surpresa, não rolou arrependimento. Não que ele seja excepcional ou que não se aproveite de fórmulas já repetidas, mas, considerando a média, diria que foi uma boa experiência. Primeiro, porque a obra não se excede nas cenas de "jumpscare" - evidente que elas estão lá, mas o filme se apoia mais no suspense, no terror psicológico, do que em sustos gratuitos. Segundo, porque a obra também não abusa dos efeitos especiais, o que, via de regra, me incomoda bastante. E, por fim, porque explora meu tema predileto no terror, as forças demoníacas. O roteiro não tenta inventar muito e acaba por entregar uma história simples, mas amarradinha e, tirando um ou outro escorregão, não se presta a muitos absurdos e consegue criar um clima de tensão bacana e crescente. Tecnicamente, tudo dentro dos padrões. Não espere rostos famosos, o elenco é formado totalmente por atores e atrizes pouco ou nada conhecidos. Shay Mitchell está bem como Megan e consegue atrair a simpatia do público. Destaque para Kirby Johnson, a atriz e contorcionista que dá vida ao cadáver assustador do título. Se me perguntarem um adjetivo para descrever o filme, eu diria "honesto" - ele pode não ser a última coca-cola gelada do deserto, mas certamente ele é honesto e não me decepcionou. Fãs do gênero gostarão.
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