Filme do dia (56/2019) - "Capitã Marvel", de Anna Boden e Ryan Fleck, 2019 - Em uma distante galáxia do planeta Terra, a jovem Vers (Brie Larson) é treinada pelo guerreiro Yon‑Rogg (Jude Law) para se tornar uma feroz combatente e lutar contra uma raça inimiga. Uma ação desastrosa faz com que Vers caia nas mãos da raça adversária, ocasião em que antigas lembranças serão recuperadas, fazendo com que Vers questione suas origens e seu passado.
Como sempre digo, qualquer que seja o filme baseado em quadrinhos que eu veja, meu conhecimento em HQs aproxima-se do zero absoluto, motivo pelo qual nunca sei se se o que está sendo levado para as telas é minimamente fiel à história original. Esclarecendo isso, é evidente que não tenho qualquer competência para fazer qualquer comparação entre o filme e a HQ de origem, e, por isso mesmo, vou me abster de qualquer opinião nesse sentido. Atendo-me somente ao filme, afirmo que achei delicioso assisti-lo e digo que a personagem Vers/Carol Danvers/Capitã Marvel é simplesmente fabulosa! Não sei se o público masculino vai curtir tanto quanto o feminino - ou pelo menos aquelas mulheres que jamais se identificaram com princesas delicadas e dependentes e sempre preferiram personagens femininas mais assertivas e duronas, a la Tenente Ripley, Sarah Connor ou Beatrix Kiddo -, mas é certo que, para esse tanto de mulheres inconformadas com o estereótipo feminino padrão, a existência da Capitã Marvel é um bálsamo!!! E não é só por ela possuir poderes quase infinitos - não, nem foi isso que me "pegou"!!! - mas, sim, por ela não se deixar abater, insistir, teimar, dar a cara a bater até alcançar seus objetivos, desde sempre (adorei as cenas dela criancinha, caindo de bicicleta, se esborrachando no kart, etc, ficando toda detonada e, mesmo assim, levantando e seguindo insistentemente adiante!!! Linda!!!! Um exemplo maravilhoso para qualquer menina!!!). A mensagem é clara: você, menina ou mulher, pode ser/fazer o que você quiser! Deixando de lado a questão de representatividade e empoderamento femininos, o filme tem um ritmo intenso, quase não há pausa para descanso!!! A maior parte dos efeitos especiais é ótima, mas, aqui e ali, ocorreram algumas escorregadelas, perdoáveis. Amei a trilha sonora, com muitas músicas da década de 90. O roteiro é okay, não excepcional, mas com direito a plot twist. O elenco é de pesos pesados: além de Brie Larson, que interpretou com garra a heroína, temos o sempre maravilhoso Samuel L. Jackson como Nick Fury ( amo esse homem!!!!), Jude Law como Yon‑Rogg (eu o acho um ótimo ator, mas com aquela beleza toda, nem precisava tanto, podia ficar quietinho, no canto, só adornando o ambiente! rs XD), Ben Mendelsohn como Talos (ele faz um bom trabalho, apesar de, sei lá porquê, ele me lembrar do Dória... 😖 ) e Annette Bening como Mar-Vel. O filme é bem divertido e um marco na representatividade e empoderamento "das minas". PS - por pura curiosidade, pois não costumo fazer isso, fui ver a opinião do público. Como eu imaginava, as meninas todas gostaram do filme e os rapazes detestaram e entraram em uma verdadeira cruzada contra a obra... os comentários não podiam ser mais machistas e homofóbicos. De boa, não existe nada mais frágil que a masculinidade quando o cara não se garante...
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