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hikafigueiredo

“Como a Geração Sexo, Drogas e Rock’N’Roll Salvou Hollywood”, de Kenneth Bowser, 2003

Filme do dia (77/2024) – “Como a Geração Sexo, Drogas e Rock’N’Roll Salvou Hollywood”, de Kenneth Bowser, 2003 – Documentário sobre o movimento cinematográfico denominado “Nova Hollywood”.





Baseado no livro homônimo do jornalista Peter Biskind e produzido pela BBC, o filme trata-se de um documentário sobre a ascensão e ocaso do movimento cinematográfico conhecido como “Nova Hollywood”, traçando uma linha temporal desde a decadência dos grandes estúdios de Hollywood, em meados dos anos 1960, até o declínio do cinema autoral estadunidense, no final dos anos 1970. Alternando narração e depoimentos de quem vivenciou aquele período, a obra explica como foi o surgimento do cinema autoral hollywoodiano, fortemente ancorado numa geração de jovens diretores que entendia os novos dilemas e anseios de uma época. Sofrendo profunda influência de cineastas europeus como Truffaut, Godard, Resnais, Antonioni, dentre outros, e encantados com os rumos tomados pelo cinema francês nos anos 1960 através da Nouvelle Vague, estes jovens cineastas estadunidenses chegaram em um momento em que os grandes estúdios estavam endividados e falidos e haviam perdido qualquer contato com os seus espectadores. O mundo mudava rapidamente e, junto com ele, o público. Os grandes estúdios, estupefatos, não entendiam essa nova geração – mas estes novos diretores entendiam e, rapidamente, começaram a fazer filmes que atingiam o que o público queria. Foi o momento em que o cinema de arte encontrou a indústria cinematográfica dos EUA e fez história. A obra discorre sobre diretores como Sam Peckinpah, Peter Bogdanovich, Martin Scorcese, Dennis Hopper, Francis Ford Coppola, John Cassavetes, Robert Altman, Hal Ashby e sobre filmes da magnitude de “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas” (1967), “Sem Destino” (1969), “Meu Ódio Será sua Herança” (1969), “A Última Sessão de Cinema” (1971), “Caminhos Perigosos” (1973), “Taxi Driver” (1976), dentre muito outros. Apesar de não ser muito fã de documentários, a obra conseguiu manter minha atenção o tempo todo, muito provavelmente porque é um assunto que me interessa muito, ainda mais em se tratando de um período tão fértil para o cinema autoral, com filmes tão excepcionais e diretores tão especiais. Gostei muito e recomendo. Acredito que esteja disponível no Youtube.

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