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hikafigueiredo

"Crimes da Paixão", de Ken Russell, 1984

Filme do dia (140/2018) - "Crimes da Paixão", de Ken Russell, 1984 - Bobby (John Laughlin) está em meio a uma crise no seu casamento, quando conhece Joanna (Kathleen Turner) que, durante o dia é uma promissora estilista, mas, à noite, prostitui-se nas ruas da cidade. O contato entre ambos irá fazê-los refletir acerca de suas vidas e das mentiras que vivem.





O argumento deste filme é certamente interessante. Ele discorre sobre como as pessoas vivem verdadeiras farsas e assumem papeis mentirosos e hipócritas nas suas vidas, o que, sem dúvida, é instigante. No entanto, o filme, na minha opinião, não conseguiu se firmar como uma obra atemporal e me soou extremamente datado e envelhecido. Tenho certeza de que isso de deve, em parte, pela época em que o filme foi feito - se eu antes reclamei da estética setentista, nem sei como tratar a oitentista, que além de ser tão "kitsch" quanto a antecessora, sequer tem a atmosfera psicodélica e divertida da que a antecedeu. A obra tem méritos - além do argumento bacana, temos Kathleen Turner, que sempre foi e será "diva", ainda mais em papéis transgressores (e tem algo mais transgressor que ser puta sem precisar do dinheiro da atividade???); temos todo o aparato profano que envolve o personagem do reverendo (e eu adoro coisas heréticas!!!!); e temos Anthony Perkins fazendo um maluco (e ele faz, como ninguém, personagens desequilibrados). Mas o filme também tem "problemas" - por Deus, John Laughlin é muito fraquinho, não tem como defender sua interpretação; temos a trilha sonora de Rick Wakeman, que desconfio ser a mais equivocada e sem noção de toda a história do cinema (o tempo todo fiquei imaginando o filme com outra trilha sonora... daria para transformá-lo numa obra infinitamente melhor); e temos Anthony Perkins fazendo um maluco (e tem coisa mais clichê que o Anthony Perkins interpretando um maluco??? rs). O filme conseguiu me segurar durante seus 107 minutos de duração, mas assumo que várias coisas me incomodaram nele, como também admito que valeu a pena ver a Kathleen Turner como a prostituta China Blue. Passando a régua, meio que empatou. Assistam por sua conta e risco.

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