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"Dor e Glória", de Pedro Almodóvar, 2019

hikafigueiredo

Atualizado: 23 de ago. de 2019

Filme do dia (101/2019) - "Dor e Glória", de Pedro Almodóvar, 2019 - Salvador (Antonio Banderas) é um diretor de cinema renomado, afastado de seu trabalho por depressão e certo bloqueio produtivo. Ele se recorda de sua infância e de relacionamentos passados e escreve sobre eles. Alguns reencontros serão essenciais para a retomada criativa de Salvador.





Profundamente autobiográfico, o filme traz facetas do diretor pouco conhecidas do público, como seus problemas de saúde e seu contato com as drogas. Como em outras tantas obras do diretor, por outro lado, há os temas reincidentes da infância, da sexualidade e dos relacionamentos amorosos de Almodóvar. É um filme bastante intimista e sensível, apesar de certas doses de humor, a demonstrar que Pedro Almodóvar não deixa de rir de si mesmo em algumas situações. O ritmo é pausado e constante, mas não chega a ser lento (ainda que mais vagaroso que vários outros filmes do diretor). A estética da obra segue a mesma dos demais filmes do diretor - muitas cores vibrantes e um toque setentista/oitentista em tudo, do figurino à ambientação. Destaque mais que evidente para as interpretações, principalmente a de Antonio Banderas, que interpreta um Salvador circunspecto, com muitos sofrimentos interiores, muitas lembranças boas e ruins, muito a resolver internamente - grande atuação! Também curti o trabalho de Leonardo Sbaraglia como Federico (já o conhecia de "Relatos Selvagens", 2014, e "Neve Negra", 2017) e Asier Etxeandia como Alberto, além da sempre musa de Almodóvar, Penélope Cruz. O filme é ótimo, grande obra de Almodóvar (que quando decide fazer filme bom, arrasa!) e com um final excepcional (melhor última cena possível!). Recomedadíssimo!

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