Filme do dia (178/2017) - "Drugstore Cowboy", de Gus Van Sant, 1989 - EUA, 1971. Bob (Matt Dillon) lidera um grupo de viciados que assaltam farmácias para ter acesso às drogas que consomem. Perseguidos pela polícia, de assalto em assalto, Bob, sua esposa Diane (Kelly Lynch), Rick (James Le Gros) e Nadine (Heather Graham) vivem no fio da navalha, esperando apenas o próximo pico.
Baseado no romance autobiográfico de um ex-viciado, o filme traz um pouco do dia a dia real de um dependente químico. Apesar de ter passagens nada sedutoras, achei que a obra glamouriza um pouco esse ambiente "junk" - perto de filmes como "Candy", "Réquiem para um Sonho", "Transpotting", "Christiane F." e "Traffic", "Drugstore Cowboy" é um passeio no parque com a família (eu, particularmente, prefiro o "peso" das obras que citei; não acho que o ambiente das drogas pesadas mereça uma representação "bonitinha" ou "audaciosa", como se fosse uma aventura divertida, porque vamos combinar, a gente sabe que não é). O roteiro funciona bem, apesar do senão já mencionado. Curti muito a trilha sonora com jazzinhos e bluesinhos simpáticos. Achei a fotografia meio desmaiada, com cores meio embotadas e uma paleta de cores pro marrom/sépia. O elenco está bastante bem - Matt Dillon, que eu sempre achei meio "canastra", convence bem como viciado, com destaque para uma cena onde ele está sob efeito de drogas e mal consegue ficar de olhos abertos. Gostei, mas dos filmes sobre o tema, na minha opinião, fica um pouco para trás, mas não é ruim, não.
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