Filme do dia (145/2021) - "Druk - Mais Uma Rodada", de Thomas Vinterberg, 2020 - Quatro amigos às voltas com problemas pessoais resolvem testar uma teoria que alega que suas vidas seriam mais satisfatórias se mantivessem uma pequena e constante quantidade de álcool no sangue.
Curioso esse filme de Thomas Vinterberg. Apesar de ter, evidentemente, um forte componente dramático, diria até trágico, é um filme que, de certa forma, é uma celebração à vida, à amizade e aos bons momentos, sem contar que é a obra com o desfecho mais otimista de toda a filmografia do diretor, marcada por uma visão de mundo bem sombria. O filme acompanha a trajetória de quatro amigos que resolvem testar a teoria de que seriam mais felizes e bem-sucedidos se mantivessem uma pequena taxa de álcool no sangue. Inicialmente, a experiência mostra-se positiva, pois o álcool teria o poder de aliviar tensões e "liberar" antigas travas e medos de cada um dos amigos. No entanto, a experiência evolui e o controle começa a faltar para alguns, de forma que surgem novos e incontornáveis conflitos. Não espere um filme com rígida lição de moral ou, até, que levante a bandeira contra o alcoolismo - mesmo que nem tudo seja como o esperado e que, obviamente, a vida em sociedade não admita uma constante embriaguez, a obra não condena veementemente a ingestão de álcool, a qual, sob controle, é uma maneira de festejar e confraternizar excelente (e, aparentemente, o noruegueses levam bem de boa essa ideia). A narrativa é linear, com ritmo bem marcado. O filme inicia-se com um climão depressivo, avança para uma atmosfera festiva, retorna para a depressão, mas tem um desfecho bem otimista e animado - a cena final é simplesmente fabulosa, dá uma vontade imensa de entrar na história e participar da cena!!! O elenco traz, como principal protagonista, Mads Mikkelsen, fantástico como Martin - eu o acho um ator excepcional e, assumo, sou fanzaça do cara!!! Magnus Millang interpreta Nikolaj, Thomas Bo Larsen como Tommy, Lars Ranthe como Peter e Maria Bonnevie como Anika - destaque para o trabalho de Thomas Bo Larsen, o professor de educação física. A obra ganhou o Prêmio César de Melhor Filme Estrangeiro e está concorrendo à Melhor Direção e Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2021. Eu adorei o filme e recomendo demais!
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