Filme do dia (46/2020) - "Edifício Master", de Eduardo Coutinho, 2002 - Copacabana, Rio de Janeiro. No Edifício Master, de 12 andares, os moradores de 276 apartamentos convivem e dividem alegrias, dores e histórias.
Eduardo Coutinho, o maior documentarista brasileiro, revela, em "Edifício Master", um pequeno estrato da sociedade carioca, especificamente do bairro de Copacabana. Temos, ali, inúmeras histórias que revelam a diversidade de pessoas e de existências que convivem naquele diminuto espaço. São histórias de superação, relatos de dores, saudades, solidões, encontros e reencontros. Gente que saiu do Brasil e fez a vida no exterior; gente que veio do exterior e construiu sua vida no Brasil; solitários que jamais se uniram a outras pessoas; casais tardiamente apaixonados; jovens com sonhos e expectativas; idosos desiludidos; gente que batalha para sobreviver; aposentados que vivem para pequenos prazeres; artistas diversos - músicos, poetas, pintores, cantores; mães solo com filhos; filhas que cuidam das mães; vizinhos que cuidam de vizinhos. Em cada relato, um brilho diferente no olhar; sorrisos; lágrimas; gargalhadas. Todas as histórias são emocionadas e despertam o interesse e a empatia do espectador. A obra me remeteu a outro documentário que mostrou a diversidade e a humanidade em uma outra escala - a mundial: "Humano" (2015). Sensível, belo e tocante, é impossível ficar impassível frente aos vários relatos. Gostei muito, fiquei sensibilizada. Recomendo.
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