Filme do dia (19/2019) - "Black Sabbath - As 3 Máscaras do Terror", de Mario Bava, 1963 - Em três pequenas histórias, o mestre Bava trabalha diferentes temas dentro do gênero terror: em "O Telefone", uma mulher é apavorada por telefonemas ameaçadores de seu ex-amante; em "O Wurdulak", um pai retorna para sua família após ser transformado em um vampiro; e em "O Pingo D'água", uma condessa recém-falecida volta do além para recuperar um anel que lhe fora subtraído quando dos preparativos para seu funeral.
Apesar de agregadas na mesma obra, as três histórias que compõem o filme são, na minha opinião, bastante desiguais e despertaram diferentes graus de interesse e envolvimento em mim. A primeira, a que menos me agradou, nada tem de sobrenatural, tratando-se de um conto acerca de um assassino, tipo do terror que não me envolve; a segunda, uma história sobre vampiros, tem o mérito de trazer uma lenda do cinema de terror - Boris Karloff; a terceira, minha predileta, é a que mais "brinca" com o sobrenatural, ao trazer a narrativa acerca de um espírito atormentado por um furto. Mario Bava era muito bom em criar "climão", mantendo-se no terreno do terror psicológico. Outra virtude de seus filmes é o cuidado com as ambientações - sempre muito soturnas - e com a fotografia, de alta qualidade. Seus roteiros, por outro lado, têm, às vezes, um quê de novelão mexicano - uma dramaticidade exagerada que, assumo, não me agrada e que aqui são bem representados pela história "O Wurdulak". Apesar de gostar deste tipo de filme de terror - até por me trazer muitas recordações de infância, época em que estas obras eram muito comuns -, sei que, hoje, muitos espectadores não verão qualquer graça nesses filmes, acostumados que estão com narrativas cheias de sustos. Em todo caso, amantes do terror têm maior probabilidade de curtir essa obra e é sempre bom conhecer a filmografia dos diretores reconhecidos dentro do gênero. Só para fãs.
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