"Invencível", de Angelina Jolie, 2014
- hikafigueiredo
- 10 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Flme do dia (162/2016) - "Invencível", de Angelina Jolie, 2014 - Louis Zamperini (Jack O'Connell) é um atleta olímpico que, durante a Segunda Guerra, quando servia o exército americano, é capturado e mandado a um campo de prisioneiros no Japão, onde terá de sobreviver a um comandante cruel e violento.

Nesse drama biográfico temos uma história de superação e fé - bem ao gosto norte-americano. Sabe aquele tipo de filme em que a força e determinação de um elemento dá esperança e serve de exemplo ao grupo e mostra como o povo norte-americano é inquebrantável e muito superior ao inimigo? Onde os mocinhos dos Estados Unidos, virtuosos e cheios de caráter se contrapõem aos vilões (no caso, japoneses), os quais são sanguinários e animalescos? Então... esse é "Invencível", uma obra para alisar o ego norte-americano que pega para si um feito (heroico, até, não vou negar) de um imigrante italiano (que enquanto era um moleque marginalzinho era chamado de "carcamano" e espancado pelos coleguinhas norte-americanos), clamando para o país a virtude individual daquela pessoa. Sim, do ponto de vista dos significados por trás da história, eu achei o filme odioso. Mas não para por aí. A obra é do tipo que manipula o público do começo ao fim, com todos os clichês possíveis, inclusive a música que pontua os momentos em que o espectador deve chorar, rir, torcer pelos mocinhos, e blá blá blá. Mas NADA salva no filme? Ah, ele é certamente bem feito - boa fotografia, boa montagem, efeitos especiais de qualidade, música agradável. A atuação de Jack O'Connell é fraca, em momento algum eu consegui ter empatia com o personagem. Se algo merece algum destaque, no entanto, é a atuação de Miyavi, o ator japonês que faz o sádico tenente/sargento Watanabe - ele consegue transmitir uma maldade no olhar que convence bem e para mim foi o melhor do filme. Na boa? Quer ver filme de superação, vai assistir "Meu Pé Esquerdo", "Incêndios", até mesmo "A Teoria de Tudo"... tem mil filmes com essa temática melhores, menos clichê e menos paga-pau para norte-americano. Achei uma droga e não recomendo mesmo.
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