Filme do dia (30/2020) - "Ladrão de Alcova", de Ernst Lubitsch, 1932 - Gaston (Herbert Marshall) e Lily (Miriam Hopinks) são dois golpistas que se conhecem e se apaixonam, passando a dar golpes juntos. Mas as coisas podem mudar quando resolvem furtar a Madame Colet (Kay Francis) uma milionária atraente e sedutora.
Talvez a obra mais famosa do diretor Ernst Lubitsch, o filme foca em dois anti-heróis, os golpistas Gaston e Lily. Ainda que os protagonistas não sejam nem um pouco corretos, o público imediatamente simpatiza com a dupla de trambiqueiros especializados em dar golpes em ricaços e madames e torce pelos dois ao longo da história. O filme é uma comédia leve, ambientada na alta sociedade europeia e, se não chega a arrancar gargalhadas, é hábil em manter um sorriso constante no espectador. É divertido acompanhar os estratagemas do casal de picaretas para arrancar bens de suas vítimas e, quando decidem subtrair uma grande quantia de dinheiro da sedutora milionária Madame Colet, o público pressente o perigo bater à porta. Como no filme "Sócios no Amor", aqui também o diretor não tece lições de moral de qualquer espécie - dane-se que furtar os outros seja errado, o público torce mesmo assim pelos golpistas do começo ao fim da obra. A obra é muito bem conduzida pelo diretor, ajudada, claro, pelas interpretações inspiradas de Herbert Marshall e Miriam Hopkins - ambos perfeitos como o casalzinho de ladravazes - e Kay Francis, cujo olhar devorador não passa despercebido ao espectador - ela é toda sedução. No elenco, ainda, Edward Everett Horton como Sr. Filiba, ator que também trabalhou em "Sócios do Amor" em papel secundário. O filme é muito delicinha e eu realmente adorei conhecer o trabalho de Miriam Hopkins - desenvolvi grande simpatia pela atriz! Recomendo para quem quer um filme leve e agradável, daqueles para ver com a avó na sala.
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