Filme do dia (133/2016) - "Lady Snowblood: Uma Canção de Amor e Vingança", de Toshiya Fujita, 1974 - Yuki (Meiko Kaji) é presa e condenada à morte por seus crimes. No dia de sua execução, no entanto, Yuki é resgatada por um grupo misterioso que lhe faz uma proposta.
Teoricamente uma continuação do primeiro filme, a realidade é que esta obra pouco ou nada dialoga com seu antecessor. Não é um filme ruim, apenas não tem nada a ver com o anterior e apenas a imagem de máquina de matar de Yuki é reaproveitada. Neste temos a inclusão de questões sociais como pano de fundo, o que é interessante. No entanto, a personagem Yuki sofre uma modificação profunda, o que me incomodou bastante. Se no primeiro filme Yuki era motivada por uma vingança ancestral e nada mais a interessava, mostrando-se impassível diante de tudo, neste aqui temos uma Yuki que demonstra apegos e emoções que não caberiam na personagem inicial. Essa súbita mudança não conseguiu me convencer. Além disso, se antes Yuki era figura central, neste filme ela está diluída entre vários outros personagens que tomam a frente da história muito mais tempo que Yuki. A história em si é boa, só acho que poderia ser um filme completamente à parte, sem a figura de Snowblood. Ainda que nesta obra persista algum exagero, ele é muito menor que no primeiro filme. Tecnicamente, o filme se mantém no mesmo patamar que o anterior e com características semelhantes. Com relação á interpretação de Meiko Kaji, gostei mais dela no anterior (a impassibilidade dela era mais convincente que os olhares comovidos da personagem nesse filme). Até que achei razoável, mas o primeiro é bem mais impactante, apesar desse ter mais conteúdo.
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