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  • hikafigueiredo

"Lady Snowblood - Vingança na Neve", de Toshiya Fujita, 1973

Filme do dia (132/2016) - "Lady Snowblood - Vingança na Neve", de Toshiya Fujita, 1973 - Yuki (Meiko Kaji) nasce na prisão. Sua mãe, Sayo, fora condenada por matar um dos homens que assassinou seu marido e filho e a estuprou por diversas vezes. Sayo morre no parto, mas antes vaticina que Yuki viverá para vingar sua família.





Inspiração mais que óbvia (até por ter sido admitida) do filme Kill Bill de Quentin Tarantino, a obra guarda incontáveis semelhanças com aquele. Além da própria história de vingança, a forma como Yuki persegue, um a um, os algozes de sua família e toda a movimentação em torno da personagem (que Tarantino transpõe para seu filme quando do encontro de Beatrix com O-Ren). Como no filme que o homenageia, neste também temos explosões de cores - o vermelho vivo do sangue contra o branco da neve é uma constância. A linguagem deste filme é versátil, combinando cinema, mangá, narração, de tudo um pouco, e, como era de se esperar, o ritmo é ágil, quase frenético. O espectador pode esperar exageros de todas as espécies - desde lutas onde Yuki derrota, sozinha, dezenas de inimigos, a golpes de espada que cortam pessoas ao meio e sangue cor de tinta jorrando à distância - mas talvez o charme do filme resida justamente nesse pezinho no fake, no "exploitation", no quase trash. A fotografia do filme é bem interessante - temos alternância de planos bem abertos com aqueles closes muito típicos de filme de lutas orientais, sem esquecer das aproximações rápidas bem anos 70. Também gostei de alguns ângulos de câmera, com vários plongée e contra-plongée. O roteiro explora passagens temporais e passeia entre passado e presente, sem, em momento algum, se perder nas idas e vindas. Apesar de previsível, a história é bem contada e amarrada. Gostei bastante da atriz Meiko Kaji que interpreta uma Yuki impassível, quase fria e sem qualquer remorso da chacina que promove. Olha, o filme é beeeeem legal e adorei ver a fonte de onde Tarantino tirou praticamente todo o Kill Bill (diria que é quase uma releitura). Recomendo sim.

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