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  • hikafigueiredo

"Mamãe é de Morte", de John Waters, 1994

Filme do dia (134/2020) - "Mamãe é de Morte", de John Waters, 1994 - Beverly Sutphin (Katheleen Turner) é uma dona de casa, mãe e esposa exemplar, de uma feliz família de classe média. O que ninguém sabe é que, entre uma reunião de pais e um jantar, Beverly passa seu tempo assassinando pessoas.





Iniciando uma maratona John Waters, começo pelo divertidíssimo "Mamãe é de Morte", uma comédia de humor negro (com perdão do uso dessa expressão, porquanto considerado racista por muitos, mas eu sinceramente não sei um sinônimo para ela) repleta de críticas sociais. O diretor faz uma crítica contundente aos excessos do politicamente correto, à hipocrisia da sociedade, à espetacularização das notícias, à imagem da "família de propaganda de margarina" e até mesmo à religião (a cena do padre defendendo a pena capital em seu sermão é impagável), sempre com humor ácido e muita irreverência. A personagem Beverly é uma serial killer, mas não uma serial killer qualquer. Suas vítimas estão sempre entre aqueles que não seguem as regras sociais, as leis ou se colocam contra sua família - em suma, ela é uma defensora do bem estar de sua família e do bom funcionamento da sociedade, prezando por quem segue as leis de trânsito, recicla lixo, cuida dos animais, respeita as filas, e por aí vai... nem que para isso ela tenha de matar umas pessoas por aí... O filme é ótimo, tem um roteiro muito inteligente e bem amarrado. Apesar da obra se passar nos anos 90 (há vídeo-locadoras, as televisões tem controle remoto, celulares começam a ser vistos, etc) a estética toda é da década de 50/60 - você jura que está vendo um episódio de "Papai Sabe Tudo". A trilha sonora mescla musiquinhas alegres, também ao estilo anos 50, com músicas de suspense, quando a personagem Beverly ataca suas vítimas. No elenco, além de Kathleen Turner, perfeita como Beverly, cheia de trejeitos e propositalmente exagerada, Sam Waterson como marido de Beverly, a queridíssima Rick Lake como Misty, filha de Beverly e Matthew Lillard como Chip, filho da família. Todos encarnam, com maestria, a família perfeita. Suzanne Somers interpreta a si mesma e Traci Lords faz uma ponta. Eu simplesmente adooooooro esse filme!!!! Recomendadaço!!!!

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