Filme do dia (219/2016) - "Nascida para o Mal", de John Huston, 1942 - Stanley (Bette Davis) está prestes a se casar com Craig (George Brent). No entanto, egoísta e mimada, Stanley foge com Peter (Dennis Morgan), marido de sua irmã Roy (Olivia de Havilland), o que modificará a vida de toda a família.

Neste drama, Bette Davis faz aquilo que sabe fazer de melhor - interpretar personagens más e sem qualquer caráter. Stanley é tão horrorosa que pode ser incluída na lista dos maiores psicopatas do cinema. Certamente, o ponto alto do filme é a interpretação de Bette Davis, que dá tempero numa história meio melodramática em excesso. Em contraposição à personagem amoral de Stanley, temos a íntegra e virtuosa Roy, interpretada por Olivia de Havilland. O problema aqui é que a personagem Roy é quase uma clone de Melanie, de "E O Vento Levou"... que foi interpretada pela mesma Olivia de Havilland... isso matou qualquer graça na atuação da atriz, remeteu o espectador a um verdadeiro deja-vu. Outro mérito da obra é a atuação de Charles Coburn como "tio" Willian, personagem quase tão canalha quanto Stanley. O filme conta, ainda, com a ótima direção de John Huston e bela música de Max Steiner. Curiosidade: por duas vezes podemos ouvir, durante o filme, a música "South American Way", que ficou famosa pela interpretação de Carmen Miranda. O filme é bem tradicional e quadradão, mas eu gostei e quem gosta de filmes antigos com certeza vai curtir.
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