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  • hikafigueiredo

"O Diário de Bridget Jones", de Sharon Maguire, 2001

Filme do dia (128/2021) - "O Diário de Bridget Jones", de Sharon Maguire, 2001 - Bridget Jones (Renée Zellweger) é uma mulher de 34 anos, sem namorado e sem muito sucesso profissional. Frustrada com sua vida, ela começa a escrever um diário como forma de se comprometer com mudanças, dentre as quais não se iludir com homens errados. Ela conhece Mark Darcy (Colin Firth) em uma festa de Natal e a antipatia entre eles é imediata. Retornando ao seu trabalho, Bridget começa a se engraçar com Daniel (Hugh Grant), seu charmoso e sedutor chefe.





Esta comédia romântica, baseada no best-seller homônimo, é uma daquelas obras que tipificam o gênero - dificilmente quem gosta de comédia romântica não gosta deste filme. O principal motivo é que a protagonista traz para as telas todas as neuroses e inseguranças comuns ao gênero feminino - o medo de ser julgada por sua aparência, de ser inadequada socialmente, de não alcançar sucesso profissional, de não ter respeito dos colegas, em suma, a personagem é um espelho de todo o peso de ser mulher em uma sociedade machista e misógina. É impossível não se identificar com uma, ou duas, ou todas, as "neuras" de Bridget. Quem não se pegou enchendo a cara num sábado à noite solitário, ou atacando a geladeira, ou cantando aquela música "deprê" - sim, todas nós já fizemos alguma destas coisas em algum momento da vida. Assim, o forte da história é retratar uma protagonista que dialoga diretamente com o público desse gênero de filme e que é um mulher absolutamente... comum. E não é só Bridget que é verossímil - apesar de um ou outro exagero na falta desenvoltura da moça: os demais personagens também são "reconhecíveis" - o homem bonito, sedutor, mulherengo e mau caráter; o cara cheio de boas intenções, mas sem qualquer traquejo com mulheres; os amigos ponta-firme que estão lá para qualquer negócio, até mesmo rir com você da sua desgraça. Por dialogar tão bem com o público, a obra é bastante apreciada pelo público-alvo. Sim... é claro que tem clichês, mas que jogue a primeira pedra uma comédia-romântica que não os tenha. A narrativa é linear - apesar de começar com a voz em off da protagonista que surge para contar como tudo começou - e o ritmo é bem marcado. A atmosfera é, em parte, de desalento, mas, ao longo da história, vai ficando mais "para cima". A trilha sonora é deliciosa e traz um sem fim de hits dos anos 90. Renée Zellweger vestiu a personagem tão bem que é impossível imaginar outra atriz no papel - sua Bridget é icônica. Hugh Grant continua com jeito de Hugh Grant, só está sem vergonha ao invés de bom moço; Colin Firth ganhou sua fama de galã nesse filme - muito embora ele não seja tão vistoso, seu Mr. Darcy tem tanto charme e atitude que eu posso enumerar uma penca de amigas apaixonadas pelo personagem. O filme é divertido e traz uma mensagem que eu, particularmente, curto: a de que as pessoas devem ser como são e serem admiradas por serem assim e não como a sociedade acha que deveriam ser - só por isso o filme já tem a minha simpatia. A obra é gostosinha e vai agradar a mulherada que curte o gênero.

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