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hikafigueiredo

"O Exterminador do Século 23", de Charles Band, 1985

Filme do dia (230/2021) - "O Exterminador do Século 23", de Charles Band, 1985 - Angel City, 2247. O policial Jack Deth (Tim Thomerson) encontra-se em uma cruzada pessoal para destruir os "trancers", pessoas que vivem em um estado hipnótico, transformadas em quase zumbis pelo poder de Martin Whistler (Michael Stefani), um perigoso fora-da-lei. Quando Whistler consegue fazer uma viagem no tempo, retornando à Los Angeles do século 20, Deth é escalado para voltar ao passado e capturar o bandido antes que ele consiga assassinar os antepassados dos principais líderes mundiais do futuro.





Há um frase lapidar que define esse filme - "nada se cria, tudo se copia". Aproveitando ideias de dois dos principais filmes de ficção científica daquele começo de década - "Blade Runner - O Caçador de Androides" (1982) e "O Exterminador do Futuro" (1984) - a obra é um pequeno "Frankstein" que mescla partes dos dois filmes mencionados, o que não a impediu de fazer sucesso entre os amantes do gênero e dar origem a quatro sequências. No entanto, diferentemente das duas obras inspiradoras (para não dizer "chupinhadas"), o filme não contou com um vultoso orçamento, caracterizando-se por ser uma produção de baixos valores, de forma que ele pode ser enquadrado como um filme B de qualidade um pouco acima da média. O roteiro pouco criativo traz uma narrativa não-linear mas de facílima compreensão - não há qualquer problematização quanto a questões da física e das viagens no tempo, trata-se de pura diversão. O ritmo é intenso desde seus primeiros minutos e a atmosfera é mais animada do que tensa. Algo que me divertiu na obra foi sua estética ultra-oitentista - desde a fotografia com inspiração publicitária, com muitos neons coloridos e luzes recortadas, até os figurinos com ombreiras avantajadas, capas compridas, maquiagens rebuscadas e cabelos volumosos, tudo nos remete àquela década, na minha opinião a mais cafona do século passado. Claro que a trilha sonora não dispensaria os tecladinhos tão em voga naquele tempo, bem como o rock de inspiração punk (na cena do clube noturno). Filme B que é, não poderia deixar de ter efeitos especiais mambembes, até que discretos se considerarmos o gênero sci-fi. Outra característica das produções de baixo orçamento é a profusão de profissionais iniciantes e desconhecidos - para não dizer que todo o elenco se encaixa nisso, temos a presença da ótima Helen Hunt, novinha, ainda em começo de carreira, no papel de Leena. As interpretações são medianas - não são catastróficas, tampouco são marcantes. O filme é voltado para o entretenimento puro e simples - dá para ver sem querer morrer, mas duvido que me lembre dele daqui a uma semana. PS - Que nominho nacional infeliz tentando aproveitar o rebote de "O Exterminador do Futuro", por Deus!! Muito melhor o nome original ("Trancers").

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