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"O Físico", de Philipp Stölzl, 2013

hikafigueiredo

Filme do dia (15/18) - "O Físico", de Philipp Stölzl, 2013 - Inglaterra, século XII. Numa Europa tomada pela Igreja Católica, os conhecimentos médicos praticamente haviam desaparecido. Após perder sua mãe para uma doença, o pequeno Rob passa a acompanhar um "barbeiro", pessoa que cuidava da saúde da população. Ao crescer, Rob (Tom Payne) descobre que, no Oriente, um homem de nome Ibn Sina (Ben Kingsley) detinha os maiores conhecimentos sobre corpo humano e saúde e, sedento de saber, resolve iniciar uma jornada em busca de tal homem.





Baseado no romance homônimo de Noah Gordon, o filme não consegue reproduzir a riqueza do livro que fez tanto sucesso no mundo, mostrando-se morno e burocrático. A história, transportada para as telas, deve ter perdido a qualidade da escrita do autor, e as eventuais características negativas da obra literária acabaram saltando aos olhos. É interessante ver o fundo histórico da narrativa, bem como a forma como apresenta as similitudes e diferenças entre judaísmo, cristianismo e islamismo, suas virtudes e excessos. Por outro lado, a inclusão de um romance completamente desnecessário à história e de um dom sobrenatural do protagonista - ambos presentes na obra original - não me convenceram e, para mim, caíram no mais puro clichê. O filme não chega a ser ruim, mas tampouco é bom, ficando na mediocridade. O ator Tom Payne não cativa, é tão insosso quanto o filme. Ben Kingsley - que eu costumo gostar bastante - faz o sábio Ibn Sina e fiquei com uma sensação de "mais do mesmo". Acabei gostando mais do personagem do "barbeiro", interpretado por Stellan Skarsgard, outro ator que amo de paixão (motivo pelo qual duvido da minha imparcialidade rs). A obra é daquelas que "passa batido", não é um desastre, mas ninguém vai se lembrar dela depois de uma semana. Dispensável.

 
 
 

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