Filme do dia (64/2019) - "O Gênio e o Louco", de Farhad Safinia, 2019. Grã-Bretanha, 1857. O professor James Murray (Mel Gibson), um linguista autodidata, é convidado para um projeto ambicioso - compilar todos os verbetes da língua inglesa para o futuro Dicionário Oxford. Iniciados os trabalhos, Murray vê-se diante de uma tarefa monstruosa, mas, um surpreendente auxiliar, vem em seu socorro: o Dr. W. C. Minor (Sean Penn), cirurgião norte-americano internado em um hospício judicial após cometer um homicídio.
O filme, baseado em fatos reais, retrata o trabalho por trás de um dos mais completos dicionários do mundo, o dicionário Oxford, iniciado em meados do século XIX e concluído somente setenta anos depois. Ocorre que o filme não decide muito bem que rumo tomar para narrar a interessante história envolvendo os primórdios do tal dicionário e acaba vagando, de forma meio errática, entre a vida dos personagens, os conchavos envolvendo desafetos, a relação entre Murray e Minor e entre o último e a viúva de sua vítima de assassinato. Acredito que o problema não está na história em si, realmente interessante, mas num roteiro um tanto truncado e na direção pouco firme. É daquelas obras que promete mais do que entrega, ainda que não seja exatamente ruim. De mérito temos uma ótima direção de arte de época, uma bela e sóbria fotografia, uma trilha sonora suave e agradável e, claro, a interpretação respeitável de Mel Gibson e extraordinária (sempre é!!!) de Sean Penn (para mim, um dos maiores atores de Hollywood), além da boa atuação de Natalie Dormer como a Eliza. Dá para assistir de boas, mas não espere demais.
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