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  • hikafigueiredo

"O Lago de Drácula", de Michio Yamamoto, 1971

Atualizado: 11 de nov. de 2021

Filme do dia (333/2021) - "O Lago de Drácula", de Michio Yamamoto, 1971 - Uma série de mortes no entorno de um lago faz com que o jovem médico Takashi Saeki (Choei Takahashi) comece a investigar a origem de tais mortes, concluindo que talvez a lenda dos vampiros não seja tão absurda.





Segundo filme da trilogia vampiresca de Michio Yamamoto, a obra mantém alguns poucos elementos do primeiro filme e transforma radicalmente outros. Ainda temos a mansão ocidental afastada, mas pouco resta daquele clima gótico tão presente na primeira história. A narrativa, aqui, ficou um pouco mais complexa e acabou me prendendo mais que a obra anterior. Ainda que prevaleça o terror psicológico - o velho e bom "climão" - temos algumas cenas de jumpscare, não lá muito eficientes. Ao contrário do filme anterior, boa parte da mitologia acerca dos vampiros é considerada - seu reflexo não aparece no espelho, ele não suporta a luz do dia, ele pode morrer com uma estaca no coração, ele domina suas vítimas, as quais se tornam vampiras quando morrem, e por aí vai, tudo dentro do preconizado. O vampiro, aqui, ganha as tradicionais presas, ainda que mantenha o mesmo olhar dourado da vampira Yuko de "A Boneca Vampira" (1970) - devo dizer que os olhos dourados me são muito mais assustadores que os caninos avantajados do personagem em questão. O ritmo também é mais marcado nesta obra do que na anterior. Diferentemente da obra predecessora, esta não assume tão abertamente sua natureza de "filme B" - é perceptível que houve mais investimento, tanto no orçamento, quanto no desenvolvimento do roteiro; em outras palavras, é um filme que se leva um pouco mais a sério (é um filme "B" com vergonha disso rs). Também a fotografia e a direção de arte são um pouco mais trabalhadas, já não vi cenas de iluminação "chapada" e as nuances de luz são mais presentes. O elenco é formado por Midori Fujita como a "mocinha" Akiko, Sanae Emi como Natsuko, Choei Takahashi como o médico Takashi e Shin Kishida como o vampiro - ah... nenhuma interpretação é digna de nota, mas, tampouco, ninguém chega a estragar o personagem ou o filme. Muito mais próximo dos vampiros clássicos, o filme perdeu em criatividade e ganhou em qualidade formal. Como história de terror, eu fiquei muito mais tensa com "A Boneca Vampira" do que neste filme. Não é um filme ruim, mas não sei se ficará muito na minha memória. Por outro lado, vale pela curiosidade de ver um vampiro clássico oriental...

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