"Os Árabes Também Dançam", de Eran Riklis, 2014
- hikafigueiredo
- 9 de set. de 2019
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Filme do dia (181/2016) - "Os Árabes Também Dançam", de Eran Riklis, 2014 - Eyad (Tawfeek Barhom) é um árabe nascido em uma aldeia israelense. Filho de um ativista da causa palestina, Eyad é aceito em uma universidade israelense em Jerusalém, onde ele conhecerá o amor, a amizade e o preconceito.

Drama focado nas conflituosas relações entre árabes e israelenses, o filme mostra, por um lado, a possibilidade de coexistência entre as duas partes (mostrado na profunda amizade desenvolvida entre Eyad e Yonatan). No entanto, o desenlace da história leva a uma solução, na minha opinião, tão absurda e tão preconceituosa que deu nojo. Diferentemente da solução encontrada pelo otimista "O Filho do Outro", aqui a saída é a população árabe ser "fagocitada" por Israel, negando suas cultura e origens - cara, que ideia mais "imperialista", que solução preconceituosa, detestei. Apesar do desfecho infeliz, gostei do desenrolar da trama, que flui bem e prende o espectador. A linguagem do filme é extremamente tradicional, sem qualquer inovação - senti falta de uma coisa um pouco mais autoral (o diretor é o mesmo de "Lemon Tree", mas tive a sensação que algo se perdeu no trajeto entre as duas obras). Quanto às atuações, Tawfeek Barhom se sai muito bem como Eyad (apesar de ter desenvolvido certa ressalva com relação ao personagem, que eu achei um pouco "colonizado" demais para o meu gosto), assim como Michael Moshonov como Yonatan (na minha opinião, o verdadeiro personagem "inclusivo"). O filme não é uma grande obra de arte, mas foi prazeroso assisti-lo. Recomendo, mas sem efusividade.
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