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  • hikafigueiredo

"Os Últimos Passos de um Homem", de Tim Robbins, 1995

Filme do dia (135/2015) - "Os Últimos Passos de um Homem", de Tim Robbins, 1995 - A irmã Helen Prejean (SusanSarandon), freira de New Orleans, é contatada por Matthew Poncelet (Sean Penn), um assassino frio e cruel, para auxiliá-lo nos seus últimos dias de vida, uma vez que ele é um condenado aguardando sua pena no corredor da morte. Mesmo não tendo qualquer simpatia pelo detento, a freira tentará levá-lo à redenção.





Já havia visto o filme na época de seu lançamento, mas tinha esquecido como ele era fodástico. A história, perfeita, põe em discussão uma sociedade e um sistema que têm institucionalizado a vingança na forma da pena de morte. Não se tenta "pintar" o personagem de Poncelet como uma pessoa inocente, vítima de um erro judicial. Não, Poncelet é uma figura quase asquerosa, com seus conceitos racistas e preconceituosos, sua tendência à violência e sua postura arrogante. Ainda assim, o filme demonstra, passo a passo, o absurdo e a frieza da pena de morte e como é incoerente o estado praticar aquilo que condena quando realizado por um indivíduo qualquer. O filme não poderia ter melhor diretor que o Tim Robbins e melhor atriz que Susan Sarandon, ambos conhecidos pelo engajamento às causas sociais e políticas. Deixando de lado as questões apresentadas na história, o roteiro é bem desenvolvido e muito bem amarrado. As atuações são brilhantes - Sean Penn, maravilhoso como era de se esperar, compõe um personagem nojento, mas que não deixa de ser humano e transtornado pela morte iminente. Pelo papel, foi indicado ao Oscar. Susan Sarandon, por sua vez, está espetacular como a freira Prejean em sua busca pela verdade e redenção do assassino e, pela interpretação, levou o Oscar de Melhor Atriz de 1996 - merecidíssimo. Divertido ver as "pontas" de Jack Black como irmão de Poncelet e Peter Sarsgaard como o jovem assassinado (sem uma única fala sequer). O filme é ótimo, vale muito a pena ver e é perfeito para colocar em discussão a questão da pena de morte. Aconselho muito.

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