Filme do dia (141/2017) - "Os Duelistas", de Ridley Scott, 1977 - Europa, 1800. Armand d'Hubert (Keith Carradine) é um jovem oficial do exército napoleônico. Escalado por um superior para localizar Gabriel Ferraud (Harvey Keitel), outro oficial de mesma patente,e trazê-lo detido, acaba entrando numa disputa que acaba em um duelo sem vencedores. Ao longo dos anos, d'Hubert e Ferraud duelarão incontáveis vezes, sempre em nome da honra, até que um dos dois vença.
Primeiro longa-metragem de Ridley Scott, a obra tem qualidades, apesar do argumento aparentemente massante. Tendo, como pano de fundo, as Guerras Napoleônicas e o ressurgimento da Monarquia, o filme consegue construir uma escalada de tensão decorrente dos duelos cada vez mais violentos e sangrentos. Causa estranheza aos olhos do espectador que um incidente insignificante ocorrido entre os dois personagens pudesse criar tal celeuma, tudo por conta de um código de honra incompreensível em pleno século XXI. O desfecho consegue dar um brilho especial no filme, já que a certa altura comecei a achá-lo um pouco repetitivo. O roteiro é bem construído, mas achei a construção dos personagens um pouco maniqueísta, tendo em vista que um deles ganha certo ar de vilão e, o outro, de "mocinho". Formalmente, a obra conta com uma fotografia de arrasar e uma direção de arte de época ultra bem feita. Os dois atores centrais cumprem bem os seus papéis, mas acho que poderiam ter trabalhado um pouco melhor o personagem Ferraud. O filme não é uma obra-prima, mas é gostosinho de ver e bem realizado. Recomendo.
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