Filme do dia (145/2015) "Paisà", de Roberto Rossellini, 1946
O filme é composto por seis histórias diferentes que abordam a interação entre os soldados americanos e a população italiana durante a libertação da Itália da ocupação nazista entre 1943 e 1944. As histórias são irregulares - algumas melhores, outras piores. Na primeira, um soldado americano tenta fazer amizade com uma jovem italiana, mas encontra a barreira da língua - ela não fala inglês e ele não entende italiano; na segunda, um soldado negro americano tem dois encontros com um pequeno órfão italiano que mora na rua; na terceira história, um soldado interessa-se por uma jovem italiana que lhe oferece água; na quarta história, uma enfermeira americana e um membro da resistência italiana tentam chegar na Florença e localizar o líder da guerrilha; na quinta história, três capelães de diferentes religiões solicitam estadia de uma noite em um monastério franciscano; na última história, um embate entre as forças aliadas e os alemães deixam baixas de ambos os lados. Gostei muito das duas primeiras ... mas no geral achei o filme meio chatinho, por mais que isso soe como heresia, afinal é um filme do Roberto Rossellini. Fazendo parte da Trilogia da Guerra junto com "Roma, Cidade Aberta" e "Alemanha, Ano Zero", na minha opinião é o mais fraco dos filmes (até porque os outros dois são fantásticos). Como uma das obras do neo-realismo italiano, o filme conta com uma estética voltada para o documentário - uso de locações reais, pouca intervenção na fotografia, aproveitamento da população do local. As atuações são discretas, muitos não eram atores profissionais. Ah, aconselho os outros filmes da Trilogia da Guerra... esse é só mesmo para interessados específicos...
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