Filme do dia (110/2020) - "Primavera para Hitler", de Mel Brooks, 1967 - O produtor de teatro Max Bialystock (Zero Mostel) produz suas peças com o financiamento de senhoras idosas por ele seduzidas. Ocorre que tais peças são sempre um fracasso. Certo dia, o auditor Leo Bloom (Gene Wilder) chega a seu escritório, o que virará sua vida do avesso.
Existem aqueles filmes que a gente gosta por pura memória afetiva. Assisti a essa obra quando deveria ter uns doze ou treze anos e, na época, rolei de rir e adorei. Revendo agora, coroa, percebo que o filme não é tudo aquilo - ainda que existam passagens bem engraçadas -, mas não consigo deixar de simpatizar com a obra. O argumento do filme ainda acho ótimo - superfaturar uma peça na Broadway que seja um fracasso certo e, assim, embolsar o dinheiro da produção. Uma coisa que "pega" no filme são as piadas politicamente incorretas - machistas e homofóbicas - que eram aceitas na época e que soam bem mal nos dias de hoje (a objetificação das mulheres na figura da secretária do escritório é desprezível). O melhor do filme, sem dúvida é a interpretação de Gene Wilder - Leo Bloom é um neurótico infantilizado, dado a ataques de pânico, mas que, no fundo é um bom sujeito. A cena do ataque histérico de Bloom vale o filme. Outra cena que eu gosto é a da escolha de elenco, assim como a do musical de abertura da peça. Lógico que é não é um humor refinado, tampouco super inteligente, mas tem lá sua graça. No elenco, além de Gene Wilder, Zero Mostel, bem como Max Bialystock, mas ofuscado pela veia humorística de Wilder. É... é um filme um tanto tosco... mas eu dou risada em algumas passagens... e tem a memória afetiva... ah, dane-se, continuo recomendando.
Comments