"Psicopata Americano", de Mary Harron, 2000
- hikafigueiredo
- 13 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de set. de 2019
Filme do dia (92/2016) - "Psicopata Americano", de Mary Harron, 2000 - Patrick Bateman (Christian Bale) é um típico "yuppie" dos anos 90 - bonito, rico e bem tratado, anda nas mais altas rodas e frequenta os locais mais descolados. O que ele esconde de todos é que, na realidade, ele é um terrível serial killer.

O filme, baseado no polêmico livro homônimo de Bret Easton Ellis, é uma evidente crítica ao modo de vida dos novos ricos, ao consumismo desenfreado e à banalização das relações. Os personagens são todos fúteis, exibidos, materialistas, invejosos e por aí vai - com exceção da secretária Jean, que se reveste de certa humanidade e, talvez por isso mesmo, seja poupada de destino terrível. A obra tem um final dúbio, há duas leituras possíveis (e inúmeras sub leituras), e, na minha interpretação, possui um plot-twist bem surpreendente (veja bem, segundo a minha leitura). Seria interessante discutir as possibilidades de interpretação, mas os spoilers seriam desastrosos para uma boa experiência ao assistir o filme, então, sou obrigada a parar por aqui. Apenas a título de curiosidade, as possibilidades de interpretação também podem resultar num filme ótimo (leitura 1, a minha) ou num filme para lá de meia-boca (leitura 2). Independente de qualquer coisa, o filme tem cenas fortes e bastante violentas. Ao longo do filme, comecei a tecer fortes críticas à construção do personagem, mas a leitura final me fez rever tais considerações. Poxa, difícil falar da obra sem dar algum spoiler!!!! Tecnicamente, o filme é correto, mas a direção de arte, o figurino e principalmente a trilha sonora (repleta de hits dos anos 80 e 90) tornam-no bastante datado (sabe aqueles blazers femininos com ombreira? Então, é mais ou menos por aí). Christian Bale, novinho, interpreta Bateman, e, segundo minha interpretação, está muito bem no papel. Olha, acho que é um filme que vale a pena ver, ao menos para ter a chance de dar opinião sobre o final (rs). Recomendo, mas com ressalvas.
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