Filme do dia (251/2021) - "Raça Maldita", de Curtis Harrington, 1973 - Após dois anos na prisão por ter participado de um estupro, o jovem Terry Lambert (John Savage) é solto e retorna para sua casa. No entanto, traumas do passado virão à tona e mostrarão que o jovem é um perigo para a sociedade.
Outra obra cuja classificação no gênero terror não faz o mínimo sentido. Discorrendo sobre a relação nada saudável entre o personagem Terry e sua mãe Thelma, a obra envereda para um drama, em especial no terço final do filme. Super-protegido por sua mãe solo e traumatizado pela experiência do estupro - que a história indica que ele foi obrigado a participar - Terry tem evidentes problemas de relacionamento, em especial com as mulheres e, ainda que Thelma tente fechar os olhos para as evidências, no fundo ela sabe que seu filho é uma bomba-relógio prestes a explodir. A narrativa é linear, ainda que, de tempo em tempos, as memórias do estupro retornem à mente do personagem. O ritmo é moderado e o clima é de leve tensão. Não vou dizer que o filme "funcionou" para mim - tudo na história parece meio solto, o desencadear das ações é quase aleatório e falta "substância" à narrativa. A evidente psicopatia do personagem Terry não segue qualquer padrão, de modo que tudo parece irreal e superficial. O melhor da história é a personagem Thelma e sua luta interior acerca do que fazer com o filho problemático. Tecnicamente, é um filme padrão, sem nada de especial. No elenco, um jovem John Savage, muito lindinho, mas com um personagem muito mal construído (o problema me pareceu muito mais de roteiro do que de interpretação), Ann Sothern como a mãe Thelma, uma personagem bem mais sólida que o personagem Terry, Cindy Williams como Lori, Ruth Roman como Rhea Benson e Luana Anders como Louise (uma personagem totalmente sem sentido na trama). De boas... ô filminho chinfrim, mal desenvolvido e mal conduzido. Não curti não e tampouco recomendo.
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