Filme do dia (96/2017) - "Somos o que Somos", de Jim Mickle, 2013 - A família Parker vive na mesma terra em que seu ancestrais viveram há mais de 200 anos. Muito unida e reclusa, a família vem defendendo o legado de seus antepassados, geração após geração. A investigação em torno do desaparecimento de uma jovem poderá revelar um terrível segredo familiar, ocultado desde o século XVIII.
Filme que reside no limiar entre o suspense e o terror, a obra tem o mérito de criar clima e tensão, apesar de dar excessivas pistas do que está por vir - qualquer espectador mais escolado vai sacar qual é o grande segredo da família e de onde ele surgiu na primeira meia hora de filme. Apesar de pisar na bola com a revelação prematura do mistério, o espectador mais afeito ao gênero de terror provavelmente vai curtir a narrativa, principalmente por conta da atmosfera pesada, habilmente construída através da fotografia escura e direção de arte que nos remete a um tempo passado. As interpretações são"marromenos", mas gostei bastante da atuação de Julia Garner, que faz a filha Rose - uma das figuras mais fantasmagóricas que eu vi nos últimos tempos, é de dar arrepios! A cena final é bastante impactante - adorei o fato do filme não resvalar para o "gore", pois detesto esse subgênero. Bom... a obra me pegou bem, fiquei bastante envolvida e é sempre uma virtude um filme de terror que consegue manter qualidade até o fim e não acaba de forma decepcionante. Para quem curte terror, eu recomendo.
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