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"Submersão", de Wim Wenders, 2017

hikafigueiredo

Filme do dia (97/2020) - "Submersão", de Wim Wenders, 2017 - Em um hotel à beira-mar na França, James Moore (James McAvoy) e Danielle Flinders (Alicia Vikander) conhecem-se e se apaixonam. Seus caminhos, no entanto, são diametralmente opostos e eles terão de se separar para seguir seus destinos.





De boa... não consegui sequer entender a motivação desta obra. Baseado em um livro homônimo, o filme não diz a que veio, não se decide se é um romance ou um drama e apresenta duas histórias paralelas que não se conversam: de um lado, James é feito refém por um grupo jihadista na Somália; de outro, Danielle prepara-se para uma viagem de exploração a um abismo oceânico; em comum, as lembranças de seus poucos momentos juntos, a saudade e a possibilidade de ambos morrerem em suas "missões". E é isso. As duas narrativas correm em paralelo, independentes entre si, com flashes do que foi o breve relacionamento entre eles e Danielle angustiada e sentindo-se abandonada por não ter mais notícias do amado. Não sei nem o que falar mais da obra, porque ela não me disse nada e, tampouco, discorreu sobre qualquer tema que eu achasse relevante. Eu juro que busquei significados escusos, metáforas e correlações, mas não saiu nada de significativo do filme. Nem mesmo a boa vontade de dois atores talentosíssimos deu jeito: James McAvoy ainda tem espaço para mostrar serviço como James, sendo torturado e ameaçado pelos rebeldes somalis e, assim, colocando em cena uma carga dramática mais evidente, mas a pobre Alicia Vikander está limitada aos olhares distantes e suspiros de Danielle - a me irritar, a personagem feminina não possui espessura e sua existência após o romance com James parece se limitar ao relacionamento amoroso, caindo naquele papo machista de que mulheres são mais suscetíveis à paixão e ao romance.... aaaaargh, que nojo. Olha, Wim Wenders perdeu completamente a mão nesse filme. Achei um porre e DESrecomendo.

 
 
 

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