Filme do dia (217/2016) - "The Beach Boys: Uma História de Sucesso", de Bill Pohlad, 2014 - EUA, década de 60. Brian Wilson (Paul Dano), co-fundador do grupo The Beach Boys, começa a apresentar distúrbios psicológicos que passam a afetar seu relacionamento profissional, familiar e social, bem como refletir na sua música que, paulatinamente, torna-se mais profunda, filosófica e sombria. Anos mais tarde, sob pesado tratamento, Brian (John Cusack) conhece Melinda (Elizabeth Banks), uma vendedora de automóveis, por quem se apaixona.
Filme biográfico, a obra apresenta parte da vida de Brian Wilson, focando em dois momentos de sua história- a época do surgimento dos primeiros sintomas de sua doença psiquiátrica e, anos depois, quando seu distúrbio encontrava-se em estágio avançado e Brian não tinha mais controle sobre sua existência. A vida do artista conseguiu ser quase tão ferrada quanto à de Edith Piaf e é impossível não se solidarizar com o cantor e torcer pela sua recuperação. O filme chega a dar agonia e o espectador se encolhe na poltrona de indignação com algumas situações (sem spoilers). Tecnicamente, o filme é certinho, com destaque, obviamente, para a trilha sonora recheada de músicas do grupo (inclusive a minha música predileta dele - "Good Vibrations"). O roteiro acerta em dividir a narrativa em dois momentos distintos que, em dado momento, em uma alucinação de Brian Wilson, chegam a se misturar e fundir. Paul Dano (muito fofo, eu o adoro desde "A Pequena Miss Sunshine") está excepcional como o jovem Brian Wilson, tendo sido indicado para várias premiações (inclusive ganhando algumas delas); John Cusack também interpreta com competência Brian Wilson adulto; fantástico está Paul Giamatti como o médico canalha Eugene (a gente sabe que ele está ótimo no papel pelo tanto que dá vontade de entrar no filme e socar a cara dele). Apesar de fazer o espectador sofrer um bocado, o filme é bem legal e eu curti bastante. Merecia ter feito mais sucesso. Recomendo geral.
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