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"Tudo Começou Num Sábado", de Karel Reisz, 1960

hikafigueiredo

Filme do dia (316/2020) - "Tudo Começou Num Sábado", de Karel Reisz, 1960 - Arthur (Albert Finney) é um jovem operário que mantém um relacionamento com uma mulher casada, Brenda (Rachel Roberts). Uma noite, ele conhece Doreen (Shirley Anne Field) e passa a se relacionar com ela, sem, no entanto, abandonar Brenda.





Integrante do novo cinema britânico dos anos 60, a obra discorre sobre a classe trabalhadora, a juventude e as ilusões de rebeldia dessa juventude - o protagonista se orgulha por não se deixar oprimir pela sociedade, trabalha cumprindo sua meta, mas nada além disso, não assume compromisso com ninguém e vive perigosamente pela diversão. Ainda que trate de temas pesados como adultério, gravidez indesejada e aborto, o clima geral é leve e a narrativa flui com suavidade. Boa parte da força da narrativa advém do personagem Arthur que, por mais que faça pose de bad boy, guarda certa sensibilidade e afeto por aqueles com quem convive, como familiares e as mulheres com quem se envolve. No fundo, Arthur é bem menos rebelde do que acredita, coisa que o desfecho comprova com facilidade. A fotografia é P&B suave e pouco contrastada. A trilha sonora, composta por John Dankworth, chamou a minha atenção por ser agradável e ter um quê de jazz. Acostumada a ver Albert Finney em idade mais avançada, adorei vê-lo bem jovem, já mostrando o talento que possuía. As interpretações de todos são bastante boas, mas quem mais me chamou a atenção, além de Finney, foi Bryan Pringle como o equilibrado e manso Jack. O filme é gostosinho, ainda que eu o tenha achado pouco marcante, e até vale a pena. Recomendo, mas sem alarde.

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