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hikafigueiredo

"A Batalha dos Sexos", de Charles Crichton, 1959

Filme do dia (183/2018) - "A Batalha dos Sexos", de Charles Crichton, 1959 - Numa época em que as mulheres começavam a conquistar o mercado de trabalho, a Sra. Barrows (Constance Cummings) é mandada, dos EUA à Escócia, para realizar um trabalho de consultoria em uma empresa. No caminho, conhece o Sr. MacPherson (Robert Morley) que, interessado nele, convida-a para conhecer sua empresa de tecidos. Mas as ideias de modernização da Sra. Barrows não serão bem aceitas pelos antigos funcionários do estabelecimento, dentre os quais, o Sr. Martin (Peter Sellers).





Ai ai. Pensa em um filme sustentado por ideias machistas, retrógradas e pela frágil masculinidade de alguém (roteirista? Diretor? Produtor? O conjunto da obra????). É incrível que o esqueleto da história é ótimo - o velho, mas eficiente, funcionário de uma firma que luta pela manutenção de processos e estrutura tradicionais da empresa frente ao verdadeiro ataque de um consultor com ideias modernas, porém desumanas - mas a roupagem relacionada à disputa de gênero estragou tudo!!!! Acreditem se quiser, mas toda a questão da história é resumida no fato de quem traz a modernização ineficiente e que não leva em conta os seres humanos envolvidos é uma mulher - trata-se, aqui, não de rechaçar os novos conceitos, por mais obtusos que sejam, mas de rechaçar a presença feminina na empresa. Cara... grotesco, sério. E é uma pena, porque se tirassem essa roupagem, o filme seria mega divertido, mas, do jeito que está, só me causou irritação. Mas tenho que admitir que a passagem em que Martin visita a Sra. Barrows é realmente perfeita, principalmente por contar com o talento e a veia humorística do sempre óóóótimo Peter Sellers - pelo menos essa cena valeu ver esse festival de misoginia. Gostei do tom cômico, não gostei do machismo, mas não deixa de ser educativo. Vejam por sua conta e risco.

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