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hikafigueiredo

"A Dama de Espadas", de Thorold Dickinson, 1949

Filme do dia (155/2021) - "A Dama de Espadas", de Thorold Dickinson, 1949 - Rússia, 1806. Um oficial do exército russo arquiteta um plano para se aproximar de uma velha condessa que teria feito um pacto com o diabo para sempre ganhar nos jogos de cartas, no intuito de descobrir seu segredo. Entretanto, o plano tem consequências imprevisíveis.





Baseado no livro homônimo de Alexandre Pushkin, a obra transita entre o suspense, o terror, o drama e o romance. Apesar da narrativa conter elementos sobrenaturais, eles ocupam bem menos espaço na história do que o romance, ainda que seu impacto seja consideravelmente maior no desenrolar dos acontecimentos. A história foca na figura do capitão Herman Suvorin (Anton Walbrook), um oficial do exército russo que apenas observa seus colegas jogando Faro, um jogo de cartas muito comum na época. Ganancioso, Suvorin busca descobrir uma forma de fazer fortuna com o jogo, sem, no entanto, alcançar o segredo que possa levá-lo ao sucesso. A notícia de que uma condessa idosa conhece os mistérios do jogo por ter feito um pacto com o diabo acende a cobiça de Suvorin, que arma um plano para se aproximar da velha condessa e tirar dela informações que possam auxiliá-lo a sempre ganhar no jogo. Vê-se, pela trama, que a história discorre sobre ganância e poder - Suvorin, inclusive, desdenha de um tabelião que o aconselha a aceitar seu destino e ser feliz com a vida que tem, a que ele lhe diz que prefere pegar a vida pelo pescoço e arrancar dela o que ele deseja. O protagonista se mostra uma figura arrogante e mau caráter, usando das pessoas parta alcançar seus fins. O elemento sobrenatural só aparece do meio para o fim, momento em que o filme ganha atmosfera carregada e tensão crescente. A obra tem uma fotografia P&B contratada e aposta em sombras fantasmagóricas em várias passagens. A caracterização e ambientação de época são caprichadas - gostei bastante das figuras das ciganas que cantam e dançam na taverna, bem pitorescas. Das interpretações, destaque para a figura pouco simpática de Anton Walbrook como Suvorin. No elenco, ainda, Edith Evans como a condessa Ranevskaya e Yvonne Mitchell como Lizaveta. Confesso que achei a parte romântica da história bem aborrecida e responsável por quebrar um bocado do clima da história. O filme é interessante, mas não me empolguei muito com ele não.

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