Filme do dia (53/2021) - "A Firma", de Sidney Pollack, 1993 - Mitch McDeere (Tom Cruise) é um promissor advogado recém formado, convidado para trabalhar em um pequeno escritório em Memphis. Tudo parece perfeito até ele ser contatado por agentes do FBI que o informam que o escritório em que trabalha está envolvido em operações ilícitas e ele terá de decidir se ajuda os agentes e põe sua vida em risco ou se encobre os colegas e torna-se conivente com os crimes.
Baseado no romance homônimo de John Grisham, este thriller gostoso discorre sobre ambição e sobre as reais necessidades das pessoas. Não vou enganar ninguém dizendo que a obra é super profunda, pois ela não é - sua intenção é ser um bom entretenimento, o que ela sem dúvida consegue ser, pois, durante toda a sua duração, conseguiu prender a minha atenção e me divertir. Claro que nem tudo é muito verossímil - que thriller que consegue isso? - mas não chega a absurdos do nível da franquia "Missão Impossível" ou similares. A narrativa é linear, bem desencadeada apesar de alguns exageros. O ritmo é muito marcado e crescente. A atmosfera é bastante tensa, como qualquer filme de suspense. A qualidade técnica é bem hollywoodiana - tudo perfeito, mas extremamente convencional, sem qualquer ousadia autoral de qualquer espécie. O elenco estrelado traz Tom Cruise no papel de Tom Cruise - eterno herói atlético, viril e quase imaculado; Jeanne Tripplehorne - atriz que me é desconhecida - interpreta Abby, esposa de Mitch - não faz feio, mas também não se destaca; Gene Hackman interpreta o cínico advogado Avery Tolar, ótimo como era de se esperar; Ed Harris interpreta com competência o agente do FBI Wayne Tarrance; Holly Hunter está ótima como a secretária Tammy; e David Strathairn interpreta Ray, irmão de Mitch. O filme é quadradíssimo, mas é um entretenimento bacaninha, daqueles que distraem e que a gente esquece dali meia hora. Para quem quer esquecer da vida um pouco.
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