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hikafigueiredo

"A Noite do Terror Cego", de Amando de Ossorio, 1972

Filme do dia (164/2018) - "A Noite do Terror Cego", de Amando de Ossorio, 1972 - Espanha. Virgínia (Maria Elena Arpón), Betty (Lone Fleming) e Roger (César Burner) pegam um trem para passar um fim de semana em Portugal. Quase na fronteira entre os dois países, Virgínia, enciumada pelo clima entre os outros dois amigos, salta do trem em movimento e se dirige a um antigo mosteiro abandonado em busca de um lugar para passar a noite, sem saber que o local é assombrado pelos corpos de participantes de uma antiga seita.





O que esperar de uma história que mistura mortos-vivos, templários e cenas de sexo? Não muito, certo? Exato. A ideia inicial de um mosteiro assombrado por cavaleiros templários até que era interessante, mas o desenrolar da história é tão fraco, o roteiro tem tantos fios soltos e tantas arestas, que é impossível levar o filme a sério. A primeira cena em que os templários-zumbis aparecem até promete, consegue criar algum clima, mas daí adiante é só ladeira abaixo, chegou a me dar sono e perdeu totalmente a atmosfera de tensão. Se o filme tem alguma virtude, é a boa caracterização dos mortos-vivos, que têm uma aparência cadavérica, próxima a esqueletos, bem diferentes dos zumbis clássicos que parecem cadáveres recentes, "frescos". Mas acho que as virtudes acabam por aí. O roteiro é fraquíssimo, o ritmo é irregular, tecnicamente a obra é bem "marromenos" e as interpretações deixam a desejar. Enfim, é um mau filme de zumbis, infinitamente inferior a dezenas de outras obras do gênero. Mais do que não recomendar, eu desaconselho.

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