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hikafigueiredo

"Alma Perdida", de David S. Goyer, 2009

Filme do dia (17/2021) - "Alma Perdida", de David S. Goyer, 2009 - Atormentada por terríveis pesadelos e visões aterrorizantes, a jovem Casey (Odette Annable) passa a pesquisar seu passado e descobre a existência de uma criatura sobrenatural que ronda sua família desde a Segunda Guerra.





Firme no intento de escrever sobre todos os filmes da minha coleção, às vezes me deparo com obras esquecidas que, sabe-se lá Deus porquê, ainda estão nas minhas estantes. A obra da vez, no caso, é este filme de terror cuja coisa mais apavorante é seu roteiro furado e sem pé nem cabeça, que jamais justificaria tê-lo na coleção. O argumento se vale de uma criatura do folclore judaico, o dibbuk, que seria uma alma atormentada que vagaria pelo além em busca do corpo de uma pessoa viva para dele se apoderar. Na história, um dibbuk estaria perseguindo a família de Casey desde que sua avó fora levada a um campo de concentração durante a Segunda Guerra. O argumento é até bacana, mas o que se segue é um show de horror, com perdão do trocadilho involuntário. O grande problema reside no desenvolvimento da história, totalmente non-sense. Se um dibbuk se apodera do corpo de pessoas vivas, ele não deveria apenas se apoderar do corpo de Casey, ao invés de persegui-la, tentando matá-la? Além disso, ao longo da história, o tal dibbuk se apossa do corpo de vários personagens, das mais diversas idades e características, sempre no intuito de aterrorizar ou destruir Casey - ora, se o objetivo de um dibbuk é possuir corpos de pessoas vivas, ele teria conseguido seu intento logo na primeira "invasão", não teria necessidade de ir atrás de mais nenhum receptáculo para a sua alma atormentada! Assim, o que percebemos é que o roteirista se perdeu totalmente na lógica da história e qualquer espectador que consiga somar dois com dois, se dá conta desse buraco gigantesco no roteiro. Para piorar, o filme insiste nos jumpscares mais clichês - vultos traiçoeiros atrás dos personagens, aparições em espelhos, visões tortuosas que somem quando outras pessoas chegam, olha, tudo extremamente previsível. Pelo menos o filme tem alguns bons efeitos especiais e um e outro susto que funcionam. A atriz que interpreta Casey, Odette Annable, cumpre direitinho o papel de mocinha apavorada, que é tudo que a personagem exige. Fico a me perguntar o que raios foi fazer um ator como Gary Oldman num filme lixento deste - ele interpreta um rabino que tenta ajudar Casey a "expulsar" a tal entidade sobrenatural, um personagem raso que jamais estaria à altura do ator. Acho até que já gastei neurônio demais para falar da obra, que não merece a visita e, muito menos, permanecer na minha coleção. Conselho: não percam seu tempo.

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